Dados do Ministério do Esporte, divulgados neste sábado (27), dão conta que de 276 inscritos na delegação brasileira, há um percentual pequeno de atletas que não recebem o bolsa atleta, um tipo de ajuda de custo para os atletas fornecido pelo governo. A cada 10 atletas, apenas 9 recebem essa ajuda com o auxílio da bolsa.
São 276 atletas inscritos para a delegação brasileira em 39 modalidades esportivas nas olimpíadas. Dependendo dos resultados, os atletas podem retornar com um valor extra com o valor que alguns recebem das bolsas/auxílio.
Fotos das olimpíadas de 2024 em Paris na França (Foto: reprodução/Cameron Spencer/Getty images embed)
Auxílio
Conforme o Ministério do Esporte, dos 276 atletas inscritos nas olimpíadas, apenas 241 estão recebendo o auxílio atualmente. Esse auxílio tem como finalidade possibilitar a evolução na carreira profissional do atleta. O Governo diz que o valor, ainda que pouco, permite uma ajuda de custo para desenvolver a vida profissional de cada atleta inscrito.
No ano de 2024, após 14 anos, houve reajuste no valor do auxílio sem um aumento. Apesar de ter 10,8% de reajuste, os especialistas apontam que não se tem um valor que possa suprir tanto as despesas profissionais como pessoais do atleta, tendo uma dedicação exclusiva ao esporte. Esse ano, foram investidos no total cerca de 148,9 milhões para o auxílio Bolsa Atleta, ele foi criado em 2004 no mandato de Lula e vinha recebendo cerca de 1,7 bilhão de bolsas para mais de 37 mil atletas.
Conforme os valores atualizados da tabela, tanto os atletas olímpicos como os paralímpicos recebem R$ 3.437 mensais, mas esse valor varia conforme a categoria do atleta e suas experiências.
Atleta afirma que valor é apenas uma ajuda
Em entrevista ao G1, o atleta Hugo Parisi, que foi quatro vezes atleta olímpico, explica que o valor disponibilizado pelo auxílio não cobre todas as despesas, mas, segundo ele, se for usado como uma ajuda de custos para despesas profissionais, tem que ser reavaliado.
Ele, que já atua desde os sete anos, veio conseguir sua independência financeira aos 22 anos, um ano após ter participado das olimpíadas de 2004, primeira de sua carreira profissional. Porém, além daquilo que o governo oferece, teve que procurar outros meios como renda complementar.
Foto destaque: olimpíadas 2024 em Paris (Reprodução/Richard Heathcote/Getty images embed)
