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Maduro pede que população venezuelana desinstale o WhatsApp

Presidente afirma que aplicativo está sendo utilizado como ferramenta para ameaça contra líderes políticos; o país passa por crise após resultado das eleições

06 Ago 2024 - 09h15 | Atualizado em 06 Ago 2024 - 09h15
Maduro pede que população venezuelana desinstale o WhatsApp Lorena Bueri

O presidente recém reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na última segunda-feira (5) que está rompendo relações com o aplicativo de mensagens WhatsApp e pediu que a população do país faça o mesmo. Maduro alega que o aplicativo está sendo utilizado para ameaçar a Venezuela, e por isso pede que a população migre para aplicativos como o Telegram e o WeChat.

Fala de Maduro

Durante a Marcha da Juventude e dos Estudantes pela Defesa da Paz, Maduro deu sua declaração afirmando que está deixando de lado o WhastApp. “Eu vou romper relações com o WhatsApp, porque está sendo utilizado para ameaçar a Venezuela. Então, eu vou eliminar o WhatsApp do meu telefone para sempre. Pouco a pouco, vou passando meus contatos para o Telegram e o WeChat”, afirmou o presidente. A alegação de Maduro segue as críticas feitas pela oposição desde a reeleição do presidente. Segundo ele, o aplicativo está sendo utilizado como ferramenta para ameaçar jovens e líderes políticos que “não se pronunciam a favor do fascismo”, fazendo referência às críticas e alegações de fraude na reeleição de Maduro.

O presidente venezuelano defende uma saída voluntária e radical dos usuários do aplicativo e incentiva a população a migrar para o Telegram ou o WeChat.

Crise pós eleições

Nicolás Maduro venceu as eleições no dia 29 de julho, com 51,95% dos votos. No entanto, a oposição contesta a reeleição de Maduro desde os resultados, alegando fraude por parte do presidente. Em uma contagem paralela, os membros da oposição afirmam que o adversário de Maduro, Edmundo González, teria recebido 67% dos votos e seria, então, o verdadeiro vencedor das eleições. Essa contagem paralela tem, além da oposição nacional de Maduro, os Estados Unidos, o Peru, o Panamá, Costa Rica, o Uruguai e a Argentina como defensores. A reeleição de Maduro não foi reconhecida pela Organização dos Estados Americanos e um relatório feito por observadores membros do órgão alega que o governo venezuelano utilizou de suas ferramentas repressivas para distorcer os resultados da eleição.


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Protesto contra Maduro, com a líder da oposição Maria Corina Machado (Reprodução/Jesus Vargas/Getty Images Embed)


O Brasil, a Colômbia e o México pediram, em uma nota conjunta, que a Venezuela divulgue um boletim das urnas, além de pedir que a soberania popular seja respeitada.

Foto Destaque: Nicolás Maduro (Reprodução/Jesus Vargas/Getty Images Embed)

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