O presidente francês, Emmanuel Macron, propôs na última terça-feira (24) a criação de uma coalizão internacional que lute contra o grupo terrorista Hamas. Horas mais tarde, sem dar mais detalhes sobre a coalizão que conta com centenas de países e é liderada pelos Estados Unidos, o mandatário francês propôs também que a coalizão que luta contra o grupo estado islâmico na Síria e o Iraque seja ampliada para combater também o Hamas.
“A França está pronta para que a coalizão internacional contra o Daesh (Estado Islâmico) , da qual participamos para operações no Iraque e na Síria, lute também contra o Hamas”, afirmou o mandátario francês a repórteres, se-referindo ao Estado Islâmico.
A coalizão que luta contra o Estado Islâmico foi formada em setembro de 2014. Ela inicialmente era uma grande operação militar que ajudou a derrotar o Daesh no Iraque e na Síria. No momento, ela age aconselhando e fornecendo assistência a parceiros locais, fazendo o reconhecimento e inteligência, visando garantir que o grupo não possa mais operar nos lugares que perdeu.
Isso aconteceu durante a chegada do presidente francês a Tel Aviv, onde ele se encontrou com famílias de vítimas francesas do ataque terrorista de 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas. Ao todo, 30 cidadãos franco-israelenses foram mortos no atentado do Hamas e outros nove estão desaparecidos.
Emmanuel Macron comprimentando um cidadão franco-israelense. (Foto: reprodução/AFP Photo)
Viagem de Macron a região
A ida de Macron a Israel tem como objetivo fazer propostas para evitar que o conflito tenha uma escalada, e também para pressionar por uma trégua humanitária. Nesta viagem, o mandatário francês ainda irá para Amã, capital da Jordânia, onde se reunirá com outros líderes do Oriente Médio para discutir o assunto.
Porém, Emmanuel Macron perdeu sua credibilidade no mundo árabe após adotar uma política de proibição geral de protestos pró-palestina na França, que depois foi derrubada pelos tribunais do país. Após isso, o mandatário francês afirmou que está em busca de uma solução entre os dois estados.
Ida de Macron a Palestina
Após visitar Tel Aviv e Jerusalém, Macron também foi a Palestina. Ele foi até Ramallah, na Cisjordânia. Lá ele se enctrou com o presidente Mahmoud Abbas e afirmou que “não haverá paz duradoura” sem a implementação da solução de dois Estados - com Israel em segurança ao lado do estado palestino. O presidente francês também afirmou no encontro que o grupo terrorista Hamas não representa todos os palestinos.
Foto destaque: Emmanuel Macron comprimentado o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu (Reprodução/Christophe Ena / POOL / AFP)