No dia 4, o Rio Grande do Sul sofreu com a passagem de um ciclone extratropical. Dias depois, chuvas intensas persistiram. Lula, na época, estava em uma reunião do G-20 na Índia, retornando ao Brasil na noite de segunda-feira. Durante sua ausência, Geraldo Alckmin, presidente em exercício, visitou as cidades afetadas. Diante disso, Lula decidiu não fazer a mesma inspeção.
Medidas de apoio às cidades devastadas
Nesta terça-feira, Lula e 14 ministros debateram a situação do estado no Palácio da Alvorada. Após a reunião, o presidente confirmou um empréstimo de R$ 1 bilhão pelo BNDES para empresas nas cidades atingidas. Lula afirmou que o crédito terá juro zero e carência de dois anos.
"Acabamos de fazer uma reunião sobre os problemas do Rio Grande do Sul. Decidimos conceder um empréstimo do BNDES de R$ 1 bilhão e liberar R$ 600 milhões do FGTS para atender 354 mil trabalhadores", informou o presidente.
Trabalhadores residentes nas cidades afetadas com contas do FGTS poderão sacar até R$ 6.220. Estima-se que o saque médio será de R$ 1.620. Adicionalmente, os ministérios da Saúde e da Educação disponibilizarão recursos para reconstrução de unidades de saúde e escolas danificadas.
Alckmin justifica ausencia de Lula no RS (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
Impacto do ciclone e chuvas intensas no estado
A Defesa Civil atualizou os números: 47 mortos devido às chuvas intensas da última semana. Além disso, 97 municípios foram afetados, um aumento em relação aos 93 inicialmente reportados. Atualmente, 4.794 indivíduos estão desabrigados e 20.517 desalojados. O número total de afetados subiu para 340.928, enquanto os feridos agora somam 925.
Em resposta à tragédia, o Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil na sexta-feira. O objetivo é investigar possíveis responsabilidades e ações que poderiam ter sido tomadas para reduzir os danos causados pelo ciclone.
Foto Destaque: Lula e Alckmin em campanha. Reprodução/Ricardo Stuckert/CNN
