Durante a chegada dos 32 repatriados à Brasília no fim da noite de segunda-feira (13) e na madrugada desta terça-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou Israel pela inadimplência com crianças, mulheres e soldados presentes na guerra. O presidente ainda apontou que já são 5 mil crianças mortas e 1.500 desaparecidas.
“A solução do estado de Israel é tão grave quanto à do Hamas, pois eles estão matando inocentes”, afirmou Lula. Após seu pronunciamento, a Confederação Israelita do Brasil publicou uma nota e disse que havia equívocos na fala no presidente. “Israel vem fazendo esforços visíveis e comprovados para poupar civis palestinos”.
Dos 32 repatriados, 22 são brasileiros natos ou naturalizados, dez são palestinos e possuem parentes ou Registro Nacional de Migração (RNM). Uma mãe e filha que constavam na lista oficial de 34 pessoas resolveram manter-se em Gaza por motivos pessoais.
A viagem
De acordo com informações do Itamaraty, a operação começou na manhã de domingo (12), quando o grupo migrou para o controle palestino da região palestina, depois foram para a estação do Egito. Após o processo imigratório, eles seguiram viagem em direção a Cairo, capital do Egito. O transporte foi feito por veículos da embaixada brasileira e durou cerca de 6 horas.
Os brasileiros embarcaram para o Brasil na manhã de segunda-feira, após passarem a noite em Cairo. Foram feitas duas paradas, uma em La Palma, Espanha e outra em Recife, já em território brasileiro. A chegada dos repatriados aconteceu as 23h30 de segunda-feira.
Divisão de abrigo do repatriados
O grupo das 32 pessoas ficará abrigado em quatro estados e o distrito federal. Segundo o secretário nacional de Justiça, Augusto Botelho, a divisão ficará assim: quatro que possuem família em Brasília ficarão no DF, 12 ficarão em SP com a família, 12 sem familiares brasileiros ficarão no interior de São Paulo, dois vão para Florianópolis (SC), um para Novo Hamburgo (RS) e um para Cuiabá (MT).
Foto destaque: Lula em cerimônia no Palácio do Planalto (Reprodução/O Globo)