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Lula afirma que vai demarcar o maior número possível de terras indígenas

Durante sua visita ao Acampamento Terra Livre o presidente Lula assinou a demarcação de cerca de seis terras pertencentes aos índios, Lula tem como objetivo cumprir o que prometeu na eleição.

28 Abr 2023 - 21h38 | Atualizado em 28 Abr 2023 - 21h38
Lula afirma que vai demarcar o maior número possível de terras indígenas Lorena Bueri

Nesta sexta-feira (28), o então presidente Lula disse que tem como objetivo atingir uma de suas promessas que fez antes de ser eleito, sendo ela a de demarcar o maior número de terras indígenas possível, isso durante o período em que estiver no governo. No entanto, de acordo com o presidente o processo requer tempo e não é fácil.

Em seu discurso, o presidente afirmou que cumprirá sua promessa, porém, será demorado e que sua ministra está disposta a trabalhar para que isso aconteça.


Lula ao lado do líder indígena Raoni Metuktire (Reprodução/Twitter SecomVc)

 


"Eu queria que vocês tivessem consciência de que nós vamos fazer tudo aquilo que falamos que vamos fazer durante a campanha. Vamos legalizar as terras indígenas. É um processo um pouco demorado. Nossa ministra (Sonia Guajajara, do Povos Indígenas) sabe do processo, tem que passar por muitas mãos e a gente vai ter que trabalhar muito para que a gente possa fazer a demarcação do maior número possível de terras indígenas" falou Lula. Além disso, o presidente também disse: "Eu quero não deixar nenhuma terra indígena que não seja demarcada nesse meu mandato de quatro anos. Esse é um compromisso que eu tenho e que eu fiz com vocês antes da campanha"

O presidente fez essas alegações enquanto visitava o Acampamento Terra Livre, na capital do Distrito Federal. Durante a visita, Lula fez a demarcação de seis terras indígenas, que estão situadas em seis dos Estados Brasileiros, na ocasião foram liberados cerca de R$ 12,3 milhões destinados à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), destinados para a obtenção de insumos, ferramentas e equipamentos para as casas de farinha (onde a mandioca é convertida em farinha), com o objetivo de aumentar a qualidade produtiva dos indígenas da comunidade Yanomami.

Lula discursou sobre as condições das crianças e dos adultos com relação à fome e que jamais permitiria como governante que as pessoas chegassem à tais condições.

"Eu jamais imaginei que existisse um governo que deixasse crianças e pessoas adultas chegarem aquelas condições. Pessoas que quase não podiam levantar de fome. Crianças com o braço com a grossura de um dedo por falta de comida em um país que é o terceiro produtor de alimento no mundo. Aquele povo estava no esquecimento, estava sendo refém de garimpeiros" discursou o presidente petista.

A solenidade vem se repetindo desde 2004 e vem atraindo centenas de povos indígenas todos os anos até Brasília, com o intuito de lutarem por seus direitos.

No evento estiveram presentes a primeira-dama Janja da Silva, os ministros Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Maria Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Esther Dweck (Gestão), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), também a presidente da Funai, Joenia Wapichana, do líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, e do cacique Raoni Metuktire — marcado em todo o planeta por lutar pela preservação da Amazônia e também dos povos indígenas.

No ano passado, antes de tornar oficial sua candidatura à presidência o atual presidente esteve presente no acampamento e disse que caso fosse eleito, em seu governo haveria um ministério voltado para os indígenas, além disso, ele prometeu a volta da demarcação de terras indígenas, paradas desde 2018.

De acordo com a equipe do presidente, haviam cerca de 13 territórios para demarcação, sendo necessário apenas um decreto como forma de dar fim ao processo de proteção territorial. A expectativa era que isso ocorresse nos primeiros 100 dias de governo do presidente, o que não aconteceu.

Veja a listagem de terras que foram demarcadas por Lula durante essa sexta-feira (28):

  • População de 434 pessoas, TI Arara do Rio Amônia (AC);
  • População com 2.300 pessoas, TI Kariri-Xocó (AL);
  • População com 143 pessoas, TI Rio dos Índios (RS);
  • População com 580 pessoas, TI Tremembé da Barra do Mundaú (CE);
  • População com 249 pessoas, TI Uneiuxi (AM);
  • População com 9 pessoas, TI Avá-Canoeiro (GO).

Durante a visita também foram assinados dois decretos com o intuito de causar medo no Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) e instituir o Comitê Gestor da Polícia Nacional de Gestão territorial e Ambiental de terras Indígenas (PNGATI).

O comitê tem como objetivo promover e garantir a proteção, conservação, recuperação e o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios indígenas.

Foto Destaque: Lula em sua viagem ao acampamento indígena. Reprodução/Twitter Lula

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