O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), chega a Brasília nesta terça-feira (8) para iniciar a transição de governo. Além dele, Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), vice-presidente eleito e coordenador da campanha petista, também desembarca na capital do Distrito Federal para dar início à montagem do novo governo, escolhido por mais de 60 milhões de brasileiros.
A expectativa é de que Lula deve chegar a Brasília pela noite. Na quarta-feira (9), o presidente eleito deve participar de reuniões com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), e com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber.
Com mais de 60 milhões de votos, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito novo presidente do Brasil. (Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert)
Um dos coordenadores da campanha petista, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que sugeriu que Lula se encontrasse também com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Ainda segundo o senador, depois da passagem por Brasília, Lula deve embarcar direto para o Egito. O presidente eleito foi convidado para participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27).
Geraldo Alckmin embarca para Brasília já na manhã desta terça-feira (8) e vai atender demandas no Centro Cultural Banco do Brasil. Durante o dia de trabalho, ele deve anunciar parte da equipe técnica que trabalhará na transição do novo governo.
Gabinete de transição
O gabinete de transição do governo eleito terá quatro coordenações e cerca de 28 núcleos temáticos. Janja Lula da Silva, futura primeira-dama, coordenará trabalho de organização de festividades para a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela será a responsável pelas decisões relacionadas à cerimônia de posse.
O ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) vai coordenar os trabalhos dos núcleos temáticos da transição. Já o ex-deputado federal Floriano Pesaro vai cuidar de todo o processo administrativo. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, vai cuidar das relações institucionais com partidos.
O vice-presidente Geraldo Alckmin será o coordenador-geral de todo o trabalho. Será ele o responsável, entre outras atribuições, pelas questões jurídicas do trabalho de transição.
As informações são do chefe de gabinete da liderança do PT no Senado Federal, Wilmar Lacerda, que esteve no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do governo de transição, nesta segunda-feira.
Jorge Messias, conhecido por ter o nome citado na quebra de sigilo telefônico de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, ficou responsável por assessorar o trabalho de elaboração dos atos jurídicos da campanha. Segundo o chefe de gabinete do Partido dos Trabalhadores no Senado, as nomeações de quem trabalhará na transição devem começar a ser publicadas a partir de quarta-feira (9).
Segundo Wilmar Lacerda, além dos 50 nomes que deverão integrar a equipe de transição de forma remunerada, haverá também colaboradores "virtuais e voluntários". Expectativa é de que mais de 100 pessoas possam participar da montagem do novo governo, podendo até mesmo ultrapassar.
Sendo assim, já foi solicitado ao Banco do Brasil a cessão de mais espaço além do segundo andar, que já está pronto para receber o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe. A transição deve ocupar o primeiro andar e a possibilidade utilizar espaço também no térreo do prédio.
Foto destaque: Luís Inácio Lula da Silva. Reprodução/Ricardo Stuckert