Nessa quinta-feira, 18, Luigi Mangione, jovem americano de 26 anos, foi formalmente indiciado pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson. A acusação foi apresentada por um júri no tribunal federal de Manhattan, Nova Iorque (EUA), mas Mangione também responde a acusações de homicídio na esfera estadual.
A acusação, agora formalizada, abre caminho para que a pena de morte seja solicitada para o caso, pois a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, fez um anúncio nesse mês que orientava os promotores federais a buscar a punição máxima para Mangione. Se o pedido for de fato feito, esse será o primeiro caso de pena de morte movido pelo Departamento de Justiça desde que o presidente Donald Trump voltou ao cargo. O presidente inclusive já havia prometido a retomada das execuções federais anteriormente suspensas na administração de Joe Biden.
Relembre o caso
Brian Thompson era CEO (Chief Executive Officer) da UnitedHealthcare desde 2021, até seu assassinato em 2024. A empresa é uma multinacional americana diversificada de cuidados de saúde e bem-estar, com sede no estado de Minnesota. Thompson foi morto a tiros no dia 4 de dezembro de 2024, em frente a um hotel de luxo em Nova Iorque, e cinco dias depois Luigi Mangione foi detido a cerca de 400 km do local do crime.
Como base para a acusação, foram usadas como provas uma identidade falsa e uma pistola com características semelhantes às da usada no crime encontrada com Luigi. Além disso, a aparência física dele é muito parecida com a do homem flagrado pelas câmeras de segurança no dia do crime. Os policiais também encontraram com Mangione um manifesto escrito à mão que expressava a raiva dele contra empresas de seguro de saúde, descritas como "parasitárias".
Luigi Mangione (Foto: reprodução/X/@g1)
Acusação divide opiniões
Devido às inúmeras acusações que as empresas de plano de saúde recebem nos Estados Unidos, devido a problemas relacionados à recusa de cobertura de procedimentos e internações. Algumas pessoas passaram a fazer campanhas online para arrecadação de dinheiro visando financiar a defesa de Mangione por verem o assassinato do CEO como um "homicídio justificável".
Do outro lado, pessoas afirmam que a defesa tem como motivação a aparência do acusado, o que é chamado de "efeito halo".
Foto destaque: Luigi Mangione (Reprodução/X/@republiqueBRA)