O Senado da França aprovou, nesta quinta-feira (01), a lei que regula a atividade de influenciadores digitais no país. O texto que teve apoio de mais de 356 senadores, com a iniciativa de regular a estatística de o uso irresponsável de procedimentos estético.
O que chamaram de "Selva da influência" tem mais de 150 mil influencers digitais, de acordo com a estimativa do governo.
A lei proíbe, também, a indicação de qualquer investimento em criptomoedas e anúncios para outros fins financeiros, como a consumação de tabaco, ou produções de nicotina. Ainda nas proibições entra o aconselhamento esportivo.
Exigido o alerta para os seguidores de influencers no momento do uso de filtro para distorcer a ficção do real, como por exemplo o corpo, que por sua vez é frequente modificado, causando síndrome de comparação, trazendo graves consequência para a população, principalmente para os jovens adolescentes, que não conseguem obter o corpo exibido, justamente por não ser real.
Influências erradas podem gerar impactos (Foto: reprodução/Yeko Photo Studio)
"A lei é importante porque define um regime jurídico para a atividade de influenciadores, suas agências e empresas que os contratam", diz à Folha o advogado Raphael Molina, especialista em direito sobre o marketing de influenciadores.
A multa para esse tipo de violação pode ser considerada até 300 mil euros (1,6 milhão de reais). De acordo com o chefe da economia na França, as leis devem ser consideradas com a mesma intensidade que compõem as televisões, rádios, e nos meios de comunicação tradicional.
A lei movimentou diversas plataformas como Facebook, Instagram a apagar diversas contas de influencers que praticavam essas ações recorrentes.
Para Molina, "a legislação é bem-vinda para a maior parte dos atores envolvidos nesse mercado". "A maioria das empresas e dos profissionais já cumpre as leis, e a regulamentação vai permitir a profissionalização do setor e orientar empresas aos agentes e influenciadores que atuam legalmente".
Foto destaque: influencer. Reprodução/Portalpos