O líder norte-coreano, Kim Jong-un, declarou nesta quarta-feira (10), que situações de instabilidade nos âmbitos da geopolítica vêm cercando o seu país, o que é indicativo da preparação para uma guerra.
Ao apresentar a declaração, o líder norte-coreano inspecionava a Universidade Mitilar e Política Kim Jong II, instituição de destaque no país, nomeada em homenagem ao seu pai, falecido em 2011.
Proximidade com a Rússia
Durante o comando de Kim Jong-un, a Coreia do Norte impulsionou seu desenvolvimento de armas nos últimos anos, e se aproximou da Rússia, por meio de laços militares e políticos, em uma troca de auxílio a estratégias.
Em uma suposição, a Coreia do Norte auxilia Moscou em sua guerra contra a Ucrânia.
Coreia no Norte está preparada para a guerra; entenda a motivação
Conforme a agência de notícias KCNA, Kim teria dito a trabalhadores e discentes da universidade, que, se o inimigo ameaçar confronto militar contra a Coreia do Norte, o país irá contra-atacar, sem hesitação, ao mobilizar todos os meios em seu poder.
A agência informou ainda, sobre uma abordagem bastante complicada, que envolve uma situação internacional, política e militar, repleta de incertezas e instabilidades, em torno da Coreia do Norte, argumento pelo qual leva o líder a uma preparação minuciosa para a guerra.
Há uma acusação em que os Estados Unidos e a Coreia do Sul provocaram tensões militares, quando conduziram as manobras de guerras, com a participação de aliados, na condução de exercícios militares, sob maior escala e intensidade nesses últimos meses.
Conferência da imprensa da Ação de Paz na Península Coreana, para o governo acabar com as hostilidades contra a Coreia do Norte (Foto: reprodução/Chris Jung/Getty Images Embed)
De acordo com especialistas em Coreia do Norte, Kim Jong-un teria descartado publicamente o histórico objetivo de reconciliação e reunificação com a Coreia do Sul, o que leva os países à divisão em representação de Norte e Sul, como Estados independentes, e em constante conflito.
"Acreditamos que, como seu avô em 1950, Kim Jong-un tomou uma decisão estratégica de ir para a guerra", afirmou Robert Carlin, ex-especialista da agência americana de inteligência (CIA), e Siegfried Hecker, cientista nuclear, que visitou a Coreia do Norte por diversas vezes, em um artigo publicado no 38 North. Washington e Seul foram alarmados com a análise dos especialistas.
Foto destaque: Kim Jong-un, líder norte-coreano (reprodução/Vladimir Smirnov/Getty Images)