O juiz plantonista Orlando Gonçalves de Castro Neto, do Fórum Criminal da Bara Funda, em São Paulo, decidiu manter a prisão do empresário Thiago Brennand, que responde por cinco mandados de prisão preventiva em oito processos criminais.
A primeira acusação de Brennand foi em 3 agosto de 2022, quando o homem foi acusado de agredir a modelo Helena Gomes em uma academia dentro de um shopping de luxo em São Paulo. A divulgação das imagens do ataque incentivou outras vítimas a denunciarem o homem.
Pouco dias antes de a juíza Érika Mascarenhas decretar a sua primeira ordem de prisão, Brennand saiu do Brasil em direção a Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. No dia 17 de abril ele foi preso na capital, onde começaram o processo de extradição, ocorrida na quarta-feira (26).
Brennand ficou seis meses foragido.
Brennand foi levado para o Centro de Detenção Provisória 1 de Pinheiros. (Foto: reprodução/Maria Isabel Oliveira/O Globo)
Brennand vai passar os próximos dias no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, São Paulo, para acusados de crimes sexuais. Local se encontra em estado de superlotação.
Ele responde pelos crimes de estupro, tortura, ameaça e cárcere privado. Uma das vítimas relatou que foi tatuaram o sobrenome do empresário nela contra a sua vontade.
Além das mulheres, um garçom e um caseiro do condomínio onde o empresário mora em Porto Feliz, interior de São Paulo, também o acusam de agressão e ameaçadas. Armas e munições foram apreendidas da casa de Brennand.
A modelo Helena Gomes, a primeira a fazer a denúncia, se diz feliz pela direção do caso, mas triste pelo tempo que foi tomado para que isso aconteça:
“É um sentimento de satisfação, mas foi triste perceber o quanto as mulheres no Brasil não se sentem livres para denunciar seus agressores. É impressionante que um homem desses venha cometendo crimes desde jovem e nunca tenha sido punido”.
Ela também ressaltou a importância das denúncias das vítimas.
Foto destaque: Juiz mantém prisão preventiva de Brennand. Reprodução/Correio 24 horas