A justiça do Rio de Janeiro negou a liminar para a atriz Klara Castanho contra a influenciadora Antonia Fontenelle. Klara pedia que a apresentadora bolsonarista retirasse de seu canal no YouTube o vídeo em que ela expõe o caso de estupro que a atriz sofreu e a entrega do bebê para a adoção.
Conforme a decisão da juíza Flávia Viveiro de Castro, da 2º Vara Cível da Barra, foi retirado o segredo de justiça do processo e entendeu que forçar a influenciadora a retirar o conteúdo seria “uma espécie de censura”, alegando que Klara já havia divulgado os dados do caso e que Antonia Fontenelle não citou o nome da atriz no vídeo.
"Os fatos que foram relatados durante este processo são de conhecimento público. Inclusive, no que diz respeito às declarações publicadas pela ré, que pelo que se viu no YouTube, pode decidir a tutela antecipada, no primeiro momento não revelou o nome da autora em suas críticas. Desta forma, não se justifica manter o segredo de justiça." como é mostrado nesse trecho do documento.
A Atriz Klara Castanho (Foto: Reprodução/Intagram)
Esse documento da decisão reforça que o Poder Judiciário não pode censurar as redes sociais de Fontenelle, apesar de reforçar o fato da youtuber ser acusada de tentar tirar proveito financeiro da situação vivida por Klara.
O caso aconteceu quando Antonia Fontenelle publicou no seu canal, no último dia 24 de junho, um vídeo fazendo declarações sobre a atriz Klara Castanho e expondo o caso de estupro sofrido pela atriz e a entrega do bebê, fruto da violência sofrida por ela, para a adoção.
Logo em seguida, Leo Dias também publicou o caso em sua coluna e deu mais visibilidade para o acontecimento. No dia seguinte, 25 de junho, a atriz publicou em suas redes sociais uma carta aberta esclarecendo todo o caso.
A ação da atriz segue na justiça com um pedido de indenização.
Foto destaque: Klara Castanho, a esquerda, e Antonia Fontenelle, a direita. Reprodução/Instagram