A Meta, responsável pelo WhatsApp, Facebook e Instagram, foi condenada pela 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal a indenizar um homem teve o WhatsApp fraudado para aplicação de golpes. Segundo a sentença da Justiça do DF, o usuário pode receber uma indenização de R$ 1,5 mil por danos morais.
De acordo com a denúncia, os criminosos, usando a identidade da vítima, enviaram mensagens para todo o país em agosto de 2021. "Os estelionatários, de posse dos dados pessoais, ofereciam cartões de crédito a diversas pessoas com finalidade de obter vantagem ilícita, em detrimento da sua imagem e reputação", diz o documento.
Portanto, a Justiça considera que houve “falha na prestação dos serviços”. A decisão foi divulgada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios nesta terça-feira (4). De acordo com a decisão, a indenização é justificada pois "constatada a fragilidade da segurança da empresa". Isso facilitou que um terceiro utilizasse o aplicativo com o perfil da vítima para aplicar os golpes em massa.
“A fraude operada acarreta indignação e angústia que fogem aos meros aborrecimentos do cotidiano, sobretudo diante do descuido com os dados da parte autora, cujo sigilo violado causou-lhe também prejuízos à sua imagem e honra”, disse o juiz responsável pelo caso.
O Brasil teve um aumento de golpes em redes sociais nos últimos anos.(Foto:Reprodução/Pixabay).
Aumento de golpes digitais no Brasil
O aumento de usuários violados é alarmante em consideração com os danos causados as vítimas que tem seus dados privados roubados ou vazados.
Segundo o G1, as tentativas de golpes por meios digitais cresceram 20% no segundo trimestre de 2022 no país. Principalmente após a pandemia, quando muitos negócios migraram para o meio digital.
Em um estudo feito, em 2021, pela empresa holandesa de serviços VPN Surfshark, o Brasil foi o sexto país do mundo que mais teve violações de dados, estima-se que 24,2 milhões de pessoas tiveram seus dados vazados.
Foto Destaque: Meta, responsável pelo WhatsApp, Facebook e Instagram. Reprodução/Pixabay.
