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Julgamento de abuso sexual contra Trump avança na justiça

A autora E. Jean Carroll acusa o ex-presidente de tê-la agredido sexualmente durante a década de 1990; ambos estão proibidos de discutir publicamente o caso

16 Jan 2024 - 14h15 | Atualizado em 16 Jan 2024 - 14h15
Julgamento de abuso sexual contra Trump avança na justiça Lorena Bueri

Na esteira de sua recente vitória nas prévias de Iowa, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcou presença em um tribunal de Nova York nesta terça-feira (16), dando continuidade a um desdobramento do processo movido pela escritora E. Jean Carroll. A autora alega ter sido vítima de abuso sexual por parte do ex-presidente durante a década de 1990.

Trump vs Carroll

O primeiro julgamento de Trump referente ao caso, ocorrido em maio, resultou na concessão de uma indenização de US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 24,5 milhões) a Carroll. O júri concluiu que o ex-presidente a agrediu sexualmente no camarim de uma loja de departamentos em 1996 e a difamou em 2022, alegando que a história era inventada. No entanto, na ocasião, a questão de uma nova indenização por comentários feitos por Trump enquanto ainda ocupava a presidência foi deixada em aberto.


O caso ganhou mais um capítulo recente (Foto: reprodução/Kena Betancur e Andrew KELLY/AFP/Contacto)


Julgamento mais recente

Na manhã de hoje, o ex-presidente adentrou o tribunal em meio a expectativas, marcando o início de um julgamento que se prevê prolongado. Embora tenha optado pelo silêncio diante da imprensa, Trump expressou anteriormente seu desejo de testemunhar durante a audiência. Restrições, contudo, foram impostas ao seu depoimento, limitando-o exclusivamente à questão do valor que ele deve a Carroll, conforme estipulado pelo juiz Lewis A. Kaplan.

Trump tem reiteradamente afirmado que Carroll fabricou a história com o intuito de promover seu livro de memórias. O magistrado responsável pelo caso proibiu o ex-presidente e sua defesa de discutir publicamente os "relacionamentos românticos passados e experiências sexuais anteriores" de Carroll, bem como de sugerir que Trump não a agrediu sexualmente ou que sua motivação para processá-lo é guiada por "uma agenda política, interesses financeiros ou doença mental."

É importante ressaltar que tais restrições não se aplicam fora do ambiente do tribunal, conferindo a Trump liberdade para abordar esses temas em suas redes sociais.

Jean Carroll, que já está presente no tribunal, planeja testemunhar sobre os danos causados à sua carreira e reputação em decorrência das declarações públicas de Trump. Sua busca por justiça envolve uma solicitação de US$ 10 milhões em indenizações compensatórias, além de quantias substanciais em indenizações punitivas.

 

Foto destaque: Trump perdeu o primeiro julgamento na ação movida contra Carroll (Reprodução/Ed Jones/AFP/Folha de Pernambuco)

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