O pré-candidato a vereador pelo PL, em Balneário Camboriú, SC, Jair Renan Bolsonaro, tornou-se réu por falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) e aceita pela 5ª Vara Criminal de Brasília em decisão tomada na última segunda-feira (25). Investigações apontam que Renan teria forjado resultados financeiros de sua empresa “RB Eventos e Mídia”, para conseguir um empréstimo com o banco Santander.
Em nota, o advogado do acusado negou as acusações e alegou que se trata de um golpe contra o seu cliente. No entanto, não revelou o nome do suposto golpista, apenas afirmou que é uma pessoa conhecida pela polícia e mídia.
Jair Renan e o ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Instagram/@bolsonaro_jr)
Documentos forjados
Renan Bolsonaro é investigado por supostamente utilizar uma declaração de faturamento de sua empresa com informações falsas, para obter um empréstimo junto ao banco Santander. A declaração apresentada continha um faturamento de R$ 4,6 milhões de reais. O documento teria sido utilizado para a contratação de um empréstimo no valor de R$ 157 mil em 2022.
Outros empréstimos no valor de R$ 251 mil e R$ 291 mil foram contratados no ano de 2023. Em fevereiro desse ano, a justiça ordenou o pagamento de um valor de R$ 360mil ao Santander, referente a dívida do empréstimo que não foi pago ao banco.
Jair Renan em filiação ao PL (Foto: reprodução/Instagram/@bolsonaro_jr)
Histórico da investigação
Em agosto do ano passado, Jair Renan Bolsonaro e seu instrutor de tiro, Maciel Alves de Carvalho, foram alvos da “Operação Nexum” que tinha como objetivo reprimir a prática de crimes contra a fé pública e associação criminosa. A investigação mirava em um grupo que era suspeito de praticar estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Na época a Polícia Civil do Distrito Federal, cumpriu mandatos de busca e apreensão contra Jair Renan e Maciel Alves. A suspeita da polícia era de que o grupo usava a identidade de Antônio Amâncio Alves, para abertura de contas bancárias, além de agir a partir de empresas fantasmas (laranjas).
Em fevereiro, o órgão da Polícia Civil concluiu a investigação e indiciou Jair Renan e seu instrutor de tiro, Maciel Alves, pelos crimes que agora tornaram-se réus.
Foto Destaque: Jair Renan em entrevista em um estúdio (reprodução/Instagram/@bolsonaro_jr)