As 20 horas e 30 minutos da noite desta segunda-feira (22), o atual presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista ao Jornal Nacional da Rede Globo. A preparação para a noite de hoje começou cedo e ocupou toda a semana da coordenação da campanha para a reeleição.
Bolsonaro no Jornal Nacional. Reprodução: Twitter.
Como Jair Bolsonaro não aceitou fazer a medida training, que é algo parecido com uma simulação da entrevista. Dado a decisão do presidente, o núcleo político do atual governo teve que recorrer a uma estratégia alternativa. Cada membro do núcleo usufruiu de reuniões já marcadas para falarem particularmente com o presidente para aconselharem o que deveria ser falado ou não durante a entrevista.
Nos últimos dias algumas pessoas fizeram a “aula particular” com Bolsonaro, como o vice Walter Braga Netto, os ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, Fabio Faria, de Comunicações e Paulo Guedes, da Economia, além de seu filho e senador Flávio Bolsonaro.
A principal mensagem passada para o presidente, foi que este ano, para as eleições de 2022 os debates em TV aberta seriam essenciais para a reeleição, diferentemente do que aconteceu em 2018. A crucial importância da TV aberta no momento é para que ele consiga atingir o público certo, que seriam mulheres, classe média que já votaram nele e se arrependeram.
Uma das pessoas de seu núcleo político o aconselhou a dizer "Ele precisa falar para a mulher que está em casa esperando para ver Pantanal".
De acordo com o Datafolha, em um possível segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o candidato do PT sairia com 56% dos votos de mulheres, enquanto o atual presidente com apenas 34%. Devido a essa diferença o presidente foi aconselhado falar sobre o Auxílio Brasil, a supersafra de grãos e a deflação, assim como políticas voltadas para as mulheres brasileiras.
Foto descrição: Jair Bolsonaro. Reprodução: Twitter.