Nesta segunda-feira (19), a agência de notícias Reuters informou que, pela primeira vez, os Estados Unidos irão propor um texto para uma resolução perante ao Conselho de Segurança da ONU, com um pedido de cessar-fogo, na tentativa de conter a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
O pedido será apresentado ao Conselho de Segurança nesta terça, às 10h, e irá debater assuntos referentes ao conflito entre Israel e Hamas. Tal pedido, que será realizado pelos EUA, vem um dia após Israel anunciar que invadiria Rafah, sul da Faixa de Gaza, assim que iniciasse o Ramadã - mês sagrado, para os muçulmanos, que inicia em março. A tentativa é para que o grupo Hamas liberte os reféns israelenses que vem prendendo desde o início da guerra.
Israel diz que vai atacar Rafah na tentativa de libertar reféns (Foto: reprodução/Exame)
Mesmo com o rascunho apresentado, ainda não se sabe se ele irá para votação. Segundo a Reuters, uma fonte importante ligada aos Estados Unidos, que não se identificou, disse que não há pressa para que o documento seja votado, pois os EUA querem ganhar tempo para tentar uma negociação.
Os Estados Unidos e Israel são aliados, e desde a guerra, o país americano tem se oposto à resolução de cessar-fogo. Essa é a primeira vez que o país se opõe e pede pela ação.
Votação para aprovação
Reunião entre membros do conselho deve acontecer nesta terça-feira (Foto: reprodução/CNN Brasil)
Para que a resolução seja aprovada, é necessário que dos 15 membros que compõem o conselho, 9 votem a favor, e que dentre os membros permanentes - EUA, França, Reino Unido, Rússia e China, não haja oposição e nem que o pedido seja vetado.
A guerra que dura meses
Em 7 de outubro de 2023, terroristas do Grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, ataca Israel, matando 1.200 pessoas e capturando 253 israelenses. Para revidar ao ataque, Israel atacou o Hamas dentro da Faixa de Gaza.
Desde então, milhares de pessoas já perderam suas vidas e mais outros milhares seguem fugindo dos países para evitar o conflito.
Foto destaque: Conselho de Segurança da ONU (reprodução/O Globo)