Israel intensificou sua operação militar no sul do Líbano nesta terça-feira (1º), ordenando que moradores de mais de 20 cidades deixem suas casas. A medida faz parte de uma ação contra o grupo extremista Hezbollah, que mantém forte presença na região. O exército israelense anunciou que está realizando ataques "precisos e limitados", com foco em neutralizar posições estratégicas do Hezbollah, mas sem intenção de escalar o conflito.
É crescente a tensão entre Israel e o Hezbollah, um grupo militante apoiado pelo Irã que tem atuado na fronteira com o Líbano por décadas. Desde o início de outubro, há relatos de disparos de foguetes e confrontos esporádicos entre ambos os lados, criando um ambiente de incerteza e temor para os civis.
Reação do Hezbollah
Israel na fronteira com o sul do Líbano mostra um incêndio na área da vila libanesa (Foto: reprodução/JALAA MAREY/ AFP/Getty Images Embed)
O Hezbollah não demorou a reagir. Após o anúncio de Israel, o grupo lançou uma série de foguetes em direção ao território israelense. Parte dos artefatos foi abatida ainda no ar, porém alguns ainda caíram em áreas abertas, não se tem informações sobre estragos ou feridos no território israelense. Fontes locais afirmam que os projéteis foram direcionados a áreas desabitadas, o que indica, uma tentativa do Hezbollah de evitar uma escalada militar completa, ao menos por enquanto.
Em resposta, o exército israelense intensificou os bombardeios contra posições do grupo no sul do Líbano. Militares afirmam que os ataques visam impedir futuras ações ofensivas do Hezbollah e garantir a segurança da população israelense.
Posição dos Estados Unidos
A situação na fronteira também ganhou atenção internacional. Os Estados Unidos, um dos principais aliados de Israel, declararam que concordam com a necessidade de ações defensivas ao longo da fronteira libanesa. Washington reiterou seu apoio ao direito de Israel de se defender, mas também pediu moderação para evitar maior conflito.
Embora o governo libanês tenha condenado as ações de Israel, acusando-o de violar a soberania nacional, ainda não houve uma declaração formal do Hezbollah sobre o possível impacto prolongado dessas operações.
Foto Destaque Fumaça sobe de um local alvo de bombardeios (foto: reprodução/AFP/ Getty Images Embed)