As autoridades de Israel, através de mensagens de texto, estão oferecendo dinheiro a palestinos na Faixa de Gaza em troca de informações sobre reféns e sequestradores, segundo informações da CNN.
Um jornalista do canal de notícias recebeu uma mensagem em que as Forças de Defesa de Israel (FDI) pediam por “informações confiáveis sobre os sequestrados ou seus sequestradores”.
“Você quer acabar com a guerra? Se você tiver informações confiáveis sobre os sequestrados ou seus sequestradores, não hesite em nos contatar e você poderá receber uma valiosa recompensa em dinheiro”, dizia o texto, que vinha acompanhado de dois números de telefone e um link para um site com fotos e informações dos reféns israelenses.
Cerca de 33 reféns estão mortos
Israel realiza homenagens aos israelenses mortos durante a guerra. (Foto: Reprodução/EFE/Manuel Bruque).
No início do conflito entre Israel e Hamas, em 07 de outubro, o grupo extremista sequestrou mais de 240 pessoas no território de Israel. Já em novembro, após um acordo, cerca de 105 reféns foram liberados em troca da libertação de prisioneiros palestinos.
Estima-se que o Hamas ainda mantenha 130 reféns na Faixa de Gaza e, de acordo com autoridades israelenses, 33 destes estão mortos.
Em uma entrevista recente à BBC, o jovem Itay Regev, de 19 anos, que foi sequestrado pelo grupo extremista durante um festival de música no dia do ataque à Israel, fez um apelo sobre a necessidade de “devolver os reféns a qualquer custo."
De acordo com Regev, as condições do cativeiro em Gaza são “horríveis” e os sequestradores são “muito, muito cruéis". Para o jovem, tanto o governo de Israel, como a comunidade internacional deve “fazer tudo” para recuperar os sequestrados.
"Tenho certeza de que se alguém tivesse seu filho sequestrado, eles realmente não se importariam com o preço que precisava ser pago. Precisamos devolver os reféns a qualquer custo”, declarou Itav Regev.
Hamas apresenta proposta de cessar-fogo
Em 15 de março, de acordo com informações da agência Reuters, o Hamas apresentou uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que, para Israel, contém “exigências irrealistas”.
No acordo mediado pelo Egito e pelo Qatar, o grupo extremista garante a libertação de reféns israelenses – incluindo, em um primeiro momento, somente mulheres, crianças, idosos e doentes – em troca da liberdade de 700 a mil prisioneiros palestinos.
O texto apresentado pelo Hamas também inclui o envio de ajuda humanitária aos palestinos, além de um cessar-fogo permanente em Gaza e a retirada das forças armadas israelenses do território. Essas ações, no entanto, ganhariam uma data de cumprimento somente após a troca de reféns.
Foto destaque: familiares de réfens do Hamas durante manifestação diante da casa do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Nova York, no dia 15 de dezembro. (Reprodução/AFP/MICHAEL M. SANTIAGO).