Israel colocou em prática um plano de retirada dos moradores de 28 aldeias em um raio de 2 quilômetros da fronteira, do norte do país com o Líbano, afirmaram as forças militares israelenses nesta segunda-feira (18). A evacuação acontece pelo medo de um possível conflito com o grupo extremista Hezbollah.
As pessoas que estão deixando suas casas terão pensões pagas pelo governo israelensese. O plano está sendo implementado pelos chefes dos municípios locais, pelo Ministério do Interior e pela Autoridade Nacional de Gestão de Emergências (NEMA) do Ministério da Defesa.
No último domingo, o Hezbollah atacou a aldeia de Shtula, uma comunidade agrícola israelense. O ataque resultou na morte de um homem israelense e feriu outras três pessoas. O grupo afirmou que o aumento dos ataques foi um aviso e que não significa que o grupo irá entrar no conflito.
Preocupação com o Hezbollah
Os últimos dias do conflito entre Israel e Hamas foram marcados por uma tensão que o conflito ainda pode envolver outros países e grupos terroristas no Oriente Médio. Na fronteira de Israel e Líbano, aconteceram intensos combates entre o exército israelense e o Hezbollah, isso só aumentou o temor de que um conflito em maior escala possa acontecer no futuro.
O Hezbollah é um grupo político e paramilitar islâmico que está situado no Líbano, ele ainda é apoiado pelo governo do Irã. O Hezbollah é um grupo de muçumanos xiitas e é inimigo do governo israelense. Ele costuma ter boas relações com o Hamas. Ele já esteve em guerra com o estado israelense.
Em julho de 2006 Israel e Hezbollah entram em guerra, que veio a ficar conhecida como Guerra do Líbano, que aconteceu após o grupo terrorista sequestrar dois soldados israelenses que patrulhavam a fronteira com o Líbano. Ao todo este conflito durou um mês e dois dias. Ele deixou cerca de 1.200 mortos no lado libanês, a maioria deles eram civis, e 160 mortos no lado israelense.
Porta-voz do exército Israelense afirma que o país pode lutar em duas ou mais frentes
O principal porta-voz do Exército israelense, o general Daniel Hagari, afirmou no último domingo que o país pode travar uma guerra em duas frentes ou mais frentes. A fala acontece em momentos em que os ataques entre Israel e o grupo extremista Hezbollah têm se intensificado no lado norte da fronteira do país com o Líbano.
O general afirmou que: “Israel tem um exército forte, preparado para agir e lutar em duas frentes ou até mais”, alertando que as forças armadas do país podem lutar em várias frentes de batalha.
Tanque do exercíto israelense posicionado no norte da fronteira do país com o Líbano. (Reprodução/Jalaa Marey/AFP)
Número de mortes e feridos do conflito entre Israel e Hamas
No último domingo (15), o registro foi de que já teriam tido 4.070 mortes entre os dois os dois lados. O Ministério da Saúde palestino contabilizou 2.670 mortes no conflito. Já a Embaixada de Israel no Brasil informou que 1,4 mil pessoas perderam a vida. Além disso, 13 mil pessoas ficaram feridas, sendo 3,5 mil em Israel e 9,6 mil em Gaza
Foto destaque: Fronteira entre Israel e Líbano. Reprodução/Lisi Niesner/REUTERS.
