O governo de Israel, seguindo a decisão número 1077, aprovou nesta quarta-feira (22) um plano para a libertação de 300 prisioneiros palestinos em troca de 100 reféns israelenses. A operação será realizada em duas fases e várias etapas, visando a segurança e a gestão das relações exteriores.
A estratégia do governo israelense para libertação dos reféns
O plano, segundo informações do Ministério da Justiça de Israel e do Gabinete do Primeiro Ministro, prevê a libertação de 300 prisioneiros palestinos em troca de 100 reféns israelenses, em uma operação dividida em duas fases e várias etapas.
Uma mulher e crianças com a bandeira de Israel, e fotos de reféns feitos pelo Hamas em 7 de outubro. (Foto: reprodução/ITVX/AP)
A primeira fase inclui a libertação de 150 prisioneiros palestinos, condicionada à transferência de 50 reféns israelenses. A segunda fase, dependente da entrega de mais 50 reféns israelenses, permitirá a libertação de mais 150 prisioneiros palestinos.
Cada fase será realizada em quatro etapas, com a entrega de pelo menos 10 reféns israelenses por dia acompanhada de uma pausa de 24 horas nos combates.
Também foi divulgada uma lista com os prisioneiros palestinos que devem ser libertados no site do Ministério da Justiça israelense.
Decisão também visa manutenção das relações exteriores de Israel
Conforme análises do IDF (Forças de Defesa de Israel), Shin Bet e Mossad, o plano contribui para um dos objetivos principais da guerra: a criação de condições para o retorno seguro dos reféns a Israel. Adicionalmente, este acordo promove a gestão das relações exteriores de Israel.
A decisão do governo israelense vem após o ataque de militantes do Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1200 pessoas, a maioria civis israelenses, e no sequestro de mais de 240 pessoas. A resposta de Israel incluiu a adoção de medidas militares e a atualização dos objetivos da guerra, conforme decidido pelo Comitê de Ministros para Assuntos de Segurança Nacional em 16 de outubro.
Foto Destaque: na última terça-feira (21), familiares de reféns israelenses protestam no Ministério da Justiça de Israel em Tel Aviv (Reprodução/Times of Malta)