O Ministério das Relações Exteriores do Irã rejeitou, nesta terça-feira (13), o pedido por moderação no conflito com Israel. O pedido havia sido feito pela França, Alemanha e Reino Unido, na última segunda-feira (12), sob a alegação de que há falta de “lógica política” e dos “princípios do direito internacional” no confronto entre as duas nações.
Apelo para a não retaliação contra Israel
Os países europeus divulgaram um apelo para que o Irã se abstenha de ataques contra Israel, em retaliação ao assassinato do líder político do grupo palestino Hamas, Ismail Haniyeh, que aconteceu no final de junho, em Teerã. O assassinato do líder não foi confirmado nem negado pelo governo israelense, porém Teerã e aliados, como o Hamas e o grupo xiita Hezbollah, acreditam que Israel estava por trás do atentado. A única declaração feita por Israel foi a do primeiro-ministro, que afirmou que o Estado deu “golpes esmagadores” nos aliados do Irã.
Promessas de retaliação e vingança vêm sendo feitas pelo Irã e por grupos terroristas aliados ao país. O clima de tensão aumenta as preocupações de países vizinhos e de todo o mundo sobre uma possível expansão do conflito no Oriente Médio. Os Estados Unidos já declararam, por meio do porta-voz de segurança nacional John Kirby, que esperam e se preparam para ataques significativos do Irã e de seus aliados ainda nessa semana.
Crítica do Irã sobre apelo dos países europeus
Autoridades do Irã criticaram o apelo feito pela França, Alemanha e Reino Unido. O porta-voz do ministério iraniano, Nasser Kanaani, alegou que o pedido dos países europeus ignora os “crimes do regime sionista” de Israel. Além disso, Kanaani também afirmou que o Irã está determinado a desencorajar o governo de Israel e pediu que os países europeus se posicionassem não apenas contra a guerra em Gaza, mas também contra os ataques de Israel.
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani (Reprodução/Ahmet Dursun/Anadolu/Getty Images Embed)
De acordo com o jornal norte-americano “The Wall Street Journal”, as forças armadas de Israel estão em alerta máximo e um submarino com mísseis guiados foi enviado para ajudar a defesa de Israel.
Foto destaque: Ismail Haniyeh (Reprodução/AFP/Getty Images Embed)