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Investigação da Polícia Federal aponta que não há mandante por trás da morte de Bruno Pereira e Dom Philips

Até o momento, duas pessoas foram presas por suposto envolvimento com o desaparecimento de Bruno e Dom: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira.

17 Jun 2022 - 15h25 | Atualizado em 17 Jun 2022 - 15h25
Investigação da Polícia Federal aponta que não há mandante por trás da morte de Bruno Pereira e Dom Philips Lorena Bueri

A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (17) que as investigações sobre a morte do indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips apontam que não houve mandante ou organização criminosa envolvida no crime.

O comitê de crise, coordenado pela PF emitiu uma nota nesta sexta feira afirmando que a apuração do caso continua e novas prisões podem ocorrer, mas até agora as investigações "apontam que os executores agiram sozinhos".

Duas pessoas foram presas até o momento por suposto envolvimento no desaparecimento de Bruno e Dom: Amarildo da Costa Oliveira, conhecido na região como "Pelado", confessou o crime na quarta (15)  e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira.

 De acordo com o comunicado "As investigações também apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito. Por fim, [o comitê de crise] esclarece que, com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer".

Na quinta (16), fontes ligadas à investigação afirmaram ao canal de notícias GloboNews que o inquérito apurava a conduta de cinco suspeitos, incluindo um possível mandante. As pistas sobre essa pessoa, no entanto, ainda eram insuficientes para tirarem qualquer conclusão.

O indigenista brasileiro e o jornalista inglês desapareceram em 5 de junho, na região do Vale do Javari, na Amazônia. A reserva é palco de conflitos relacionados ao tráfico de drogas, roubo de madeira e garimpo ilegal.

A procura pelos dois teve início no próprio domingo do desaparecimento, dia 5 de junho, por integrantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Como não conseguiram localizá-los, acionaram as autoridades, que passaram a procurá-los a partir do dia seguinte. As buscas envolveram as Forças Armadas brasileiras, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e a PF, e aproximadamente cem indígenas voluntários.


Polícia Federal fazendo buscas no Vale do Javari. (Foto Reprodução: site Joven Pan)


Restos Mortais

Na quinta feira (16) os restos mortais encontrados no local das buscas por Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips na Amazônia chegaram a Brasília, onde passarão por perícia no Instituto Nacional de Criminalística, órgão da Polícia Federal.

Como os corpos estão em estágio avançado de decomposição, os peritos farão exames de DNA para comparar os vestígios à genética de familiares de Pereira e Phillips.

 De acordo com o INC, os resultados das análises devem sair em até 10 dias. A perícia também deve apontar qual foi a causa da morte.

Foto Destaque: Dom Phillips e Bruno Pereira. Foto Reprodução: site Portal UOL.

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