Há 20 anos, no dia 19 de março, o ex-presidente dos Estados Unidos George W. Bush iniciava a invasão do Iraque. Esta invasão, que faz parte da Guerra do Terror, ainda levanta questionamento tanto da população dos Estados Unidos quanto do resto do mundo.
Em 2001, os Estados Unidos sofreram com ataques terroristas contra o Pentágono e as Torres Gêmeas. Estes ataques instalaram uma campanha militar chamada “Guerra ao Terror”, que culminou na invasão de países como Iraque, Afeganistão e Síria.
Uma das principais motivações para a invasão do Iraque seria o suposto arsenal de armas de destruição em massa que o ditador Saddam Hussein tinha no país. Outra foi de que Saddam teria feito parte da Al-Qaeda.
Mais de 30 milhões de pessoas protestaram ao redor do mundo contra a invasão ao Iraque. Jeandré du Toit/Wikimedia Commons
Antes mesmo da invasão acontecer, no dia 15 de fevereiro de 2003 aconteceu uma série de protestos ao redor do mundo contra a invasão que estava sendo planejada, contando com cerca de 30 milhões de protestantes em mais de 600 cidades do mundo. Só na manifestação da Roma cerca de três milhões de pessoas compareceram, entrando para o Livro dos Recordes em 2004 como maior protesto antiguerra.
Em 2011, o ex-presidente Barack Obama retirou as tropas do local. Na mesma época, o Estado Islâmico aproveitou da fragilidade e caos que encontraram para controlar parte do Iraque e Síria. O grupo ficou ainda mais conhecido pela população mundial quando as suas ações começaram a ser postadas na internet, como as execuções, por exemplo.
Visando acalmar as guerras civis no local depois que Saddam foi derrubado, Obama criou a Operação Resolução Inerente em 2014, a qual ainda ocorre com cerca de 2500 militares estadunidenses em Bagdá.
Donald Trump pode até ter tentado adotar uma proposta para o fim das “guerras inúteis e sem mim”, segundo ele, mas pouco foi mudado em relação a isto.
O custo dessas guerras para os Estados Unidos – segundo a Universidade Brown cerca de US$ 1,79 trilhões, que pode chegar até US$ 2,89 trilhões em 2050 – ainda levanta questionamentos sobre a participação das tropas dos Estados Unidos na área, principalmente da população estadunidense. Do outro lado, os apoiadores da presença das tropas nos países do Oriente Médio, alegam que os Estados Unidos precisam ficar por responsabilidade ao futuro da região.
Foto destaque: Estátua de Saddam Hussein é derrubada durante invasão. Reprodução/AP