O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 107 ocorrências de focos de incêndio florestais nas últimas 48 horas no estado da Bahia, somando-se aos 897 outros registros de incêndios florestais ocorridos somente neste mês.
O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, localizado no extremo sul da Bahia, está enfrentando um grave incêndio. Este parque, que possui uma relevância histórica única no Brasil, sendo a primeira porção de terra avistada pelos colonizadores portugueses, abriga uma rica diversidade de animais e plantas. A área afetada já atinge a marca de 700 hectares de mata consumidos pelo fogo.
Um contingente de 35 bombeiros militares, apoiados por duas aeronaves, encontra-se em Porto Seguro para reforçar os esforços no combate aos incêndios. Além disso, o estado conta atualmente com 300 bombeiros engajados nesse esforço.
Novos reforços
À medida que a situação evolui, novos reforços chegam para fortalecer o contingente já mobilizado. A colaboração de mais 35 bombeiros de outras regiões se soma aos esforços concentrados para conter e extinguir os incêndios.
Brigadistas do ICMBIO combatem incêndio florestal (Foto: reprodução/Agência Brasil).
A resposta coordenada para enfrentar esses incêndios envolve a mobilização da Secretaria do Meio Ambiente, do Corpo de Bombeiros e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Trabalho conjunto
O trabalho conjunto das instituições, incluindo o Corpo de Bombeiros, as aeronaves do Programa Bahia Sem Fogo, do governo do estado, e a atuação de brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), bem como voluntários, busca controlar as chamas.
Na região oeste, a situação é classificada como crítica, com um incêndio registrado em Santa Rita de Cássia, na localidade conhecida como “Ilha”. O fogo se espalhou rapidamente, exigindo a colaboração até mesmo dos moradores no combate, utilizando baldes de água do rio.
A devastação atinge a vegetação nativa de cerrado, causando impactos significativos na flora e fauna local.
Esforços coordenados
O enfrentamento desse desastre ambiental requer esforços coordenados, envolvendo não apenas recursos humanos, mas também equipamentos de grande porte, como tratores cedidos por empresas locais.
Duas aeronaves do governo do estado, capazes de lançar dois mil litros de água de uma só vez, foram enviadas para atuar diretamente no combate às chamas.
A suspeita inicial aponta para a ação humana como causa do incêndio, embora não haja confirmação pericial ou pistas do responsável.
O combate a esses incêndios, além de representar uma ação imediata para conter danos, ressalta a necessidade de medidas preventivas e estratégias a longo prazo para preservar nossos ecossistemas.
A conjunção de esforços das autoridades, instituições e comunidade local é essencial para enfrentar os desafios que esses eventos impõem à biodiversidade e ao patrimônio nacional.
Foto destaque: Incêndio florestal (Reprodução/Agência Brasil).