Notícias

Infância vulnerável: os impactos da crise climática sobre crianças negras no Brasil

Crianças negras são as mais afetadas pelas mudanças climáticas no Brasil; revelando desigualdades e urgência de políticas públicas inclusivas e sustentáveis

06 Jun 2025 - 20h14 | Atualizado em 06 Jun 2025 - 20h14
Infância vulnerável: os impactos da crise climática sobre crianças negras no Brasil Lorena Bueri

As mudanças climáticas estão se tornando um fator determinante nas desigualdades sociais, exacerbado vulnerabilidades já existentes, especialmente entre populações historicamente marginalizadas. Dados recentes indicam que as crianças negras enfrentam agravantes severas gerados por fenômenos climáticos extremos, como enchentes e secas prolongadas, que impactam negativamente sua saúde e acesso à educação. Essa realidade complexa exige uma compreensão abrangente para endereçar as raízes da desigualdade e buscar soluções eficazes. 

Impacto das mudanças climáticas nas comunidades marginalizadas

Além das condições climáticas adversas, as comunidades marginalizadas frequentemente carecem de infraestrutura básica, como serviços de saúde e segurança alimentar. Isso resulta em quadro que essas crianças estão mais suscetíveis a doenças e à desnutrição. As secas, por exemplo, não só afetam a produção agrícola, mas também comprometem o acesso a alimentos nutritivos. Esse cenário representa um risco severo ao desenvolvimento físico e cognitivo de crianças que vivem em comunidades vulneráveis, especialmente negras.


Escola e crianças de comunidade do Brasil (Foto: reprodução/ Agência Brasil/EBC)


Ademais, a realidade da educação é igualmente alarmante. As escolas em áreas vulneráveis muitas vezes não possuem recursos. A infraestrutura escolar reflete essa disparidade. Dados indicam que 30% das escolas com maioria de alunos negros não possuem nenhuma praça ou parque num raio de 500 metros, enquanto esse número cai para 11% em escolas com maioria branca. 

Além disso, muitas instituições estão localizadas em "ilhas de calor", áreas urbanas com temperaturas significativamente mais altas devido à falta de vegetação e excesso de concreto.

Falta de áreas verdes coloca crianças em risco

A ausência de áreas verdes e o confinamento geram consequências diretas na saúde das crianças, como obesidade, miopia e outros distúrbios relacionados à desconexão com a natureza. Especialistas alertam para a necessidade de repensar o planejamento urbano, incorporando espaços verdes e promovendo o contato das crianças com o meio ambiente como forma de mitigar os impactos das mudanças climáticas. 

Com a aproximação da COP30, que será sediada em Belém–PA, organizações da sociedade civil clamam por uma inclusão efetiva da infância nos debates climáticos. A conferência representa uma oportunidade para o Brasil assumir compromissos concretos na promoção de justiça climática, especialmente para as populações mais vulneráveis. 


Imagem ilustrativa de crianças negras estudando (Foto: reprodução/Freepik/@freepik)


A crise climática não afeta a todos de forma igual. Crianças negras, que já enfrentam desafios socioeconômicos, são desproporcionalmente impactadas pelos efeitos ambientais adversos. É imperativo que políticas públicas sejam implementadas para garantir que todas as crianças tenham acesso a um ambiente saudável, educação de qualidade e oportunidades equitativas para um futuro sustentável. Diante desse cenário, as empresas A Motiva e o Instituto Alana resolveram firmar parceria, fortalecendo a educação ambiental em escolas públicas.

Foto destaque: desigualdade social no Brasil (Reprodução/Greenpeace Brasil)

Lorena Bueri CEO, Lorena Bueri, madrinha perola negra lorena bueri, lorena power couple, lorena bueri paparazzi, Lorena R7, Lorena Bueri Revista Sexy, Lorena A Fazenda, Lorena afazenda, lorena bueri sensual, lorena gata do paulistão, lorena bueri gata do paulistão, lorena sexy, diego cristo, diego a fazenda, diego cristo afazendo