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Incriminado pela polícia Federal, Jair Bolsonaro parte para o ataque a Ministro

Ex-presidente consta do relatório de indiciamento da polícia Federal entregue a Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal

21 Nov 2024 - 19h20 | Atualizado em 21 Nov 2024 - 19h20
Incriminado pela polícia Federal, Jair Bolsonaro parte para o ataque a Ministro  Lorena Bueri

Jair Messias Bolsonaro, agora indiciado no inquérito que vai apurar crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, se pronunciou em entrevista ao portal "Metrópoles" nesta quinta-feira (21) preferindo atacar o ministro do STF, confirmando sua opinião logo em seguida, em seu perfil em rede social.

O ex-presidente afirmou que Alexandre de Moraes manipula os depoimentos, conduz sozinho todo e qualquer inquérito e, não satisfeito, prende sem apresentar denúncia. Tudo isso porque conta com uma assessoria criativa demais, o que permite fazer tudo o que a lei não estipula.

Entrevista com o ex-presidente 

Mais adiante, na entrevista, Bolsonaro afirmou que vai esperar orientações do seu advogado para fazer mais comentários sobre a indiciação. Como o conteúdo do indiciamento continua sob sigilo, Bolsonaro declarou que precisa saber qual o teor da denúncia que consta contra ele no documento, e por isso contará com as orientações de seu advogado. Somente após ter esclarecimentos é que poderá tecer outros comentários a respeito, uma vez que tudo passará antes pela Procuradoria-Geral da República, onde, segundo ele, existe um colegiado especialmente criado para incriminá-lo.


Incorporar do Getty Imagens

Alexandre de Moraes participa de sessão plenária do STF (Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)


Relatório da PF

Segundo o divulgado à mídia, também constam na indiciação os nomes do general Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil do Brasil, de 2020 a 2021, e ministro da Defesa, de 2021 a 2022; Alexandre Ramagem, que foi chefe da Agência Brasileira de Inteligência no governo Bolsonaro; Mauro Cid e outras 33 pessoas.

O indiciamento é parte integrante do inquérito que investiga a tentativa de manter Bolsonaro no poder, mesmo sendo derrotado por Luis Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. A PF mantém essa investigação desde o início do ano passado, quando surgiram iniciativas de desestabilização, após Lula ter tomado posse.

O passo seguinte agora é com o relator, ministro Moraes, que analisará o material e vai enviá-lo posteriormente para a Procuradoria-Geral da República, que então decidirá se o caso requer denúncias contra os pronunciados na documentação. O STF, acatando o parecer favorável às denúncias, tornará réus os investigados.

Foto destaque: ex-presidente Jair Bolsonaro se indignou com indiciamento (reprodução/Andressa Anholete/Getty Images Embed)

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