Neste domingo (30), brasileiros voltam às urnas para eleger o próximo presidente da república, a disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro, do PL, mostra-se acirradíssima. Também neste domingo, 12 estados escolhem seus representantes.
Essa disputa, entre esquerda e direita, já está presente nos aplicativos de relacionamentos e se tornou um requisito bastante importante. Eleitores dos candidatos acima, dizem que além de ideologias contrárias, para para dar match (terno usado no aplicativo para uma combinação entre as pessoas), é preciso ter as mesmas características ao chegar na urna.
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Recentemente, o aplicativo questionou a seus usuários sobre o tema, e constatou que, cerca de 45% acham “ser necessário” a preferência política da outra pessoa. Outros 42%, disseram que “não se importam”. 11% dizem não saber.
Também foi perguntado como os usuários reagem ao ter um visão diferente do outro e 55% disseram que faz parte, já 22,1% disseram que não iam mudar o ponto de vista.
Em pesquisa, o programa Mídia e Cotidiano da Universidade Federal Fluminense, juntamente com a professora Fernanda Constantino, constatou que desde 2018, quando fez uma análise de 100 perfis no Tinder, 58% dos entrevistados afirmaram que buscam algum vestígio do posicionamento político, e 30% colocavam informações no próprio perfil para se identificarem com outras pessoas.
Atualmente, a formação de "bolhas" ou grupos exclusivos têm gerado um impacto. Um exemplo claro é o aplicativo "Lefty'', que usado por pessoas de ideologia de esquerda. Outro exemplo, é um grupo no facebook, denominado de “Bolsolteiros”, que conta com mais de seis mil integrantes.
A conclusão é que a orientação política virou uma arma de sedução em aplicativos de relacionamentos. O peso do voto é tão elevado que é o filtro político que os brasileiros mais utilizam.
Ser de direita ou de esquerda, a favor de Lula ou Bolsonaro, mostra-se que é meio caminho andado na busca por um parceiro.
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