Após anuncio do presidente Vladimir Putin, na última quarta feira (21), quando disse que iniciara uma mobilização parcial de tropas adicionais para lutar na Ucrânia, foi gerada certa agitação entre os russos.
Segundo Putin, em média 300 mil reservistas serão convocados para integrar as tropas russas, com o intuito de reforçar o fronte que esta lutando na Ucrânia.
Após o anúncio, manifestações foram iniciadas em diferentes cidades russas, com milhares de manifestantes participaram e mais de mil pessoas foram presas. No entanto, muitos russos, ao invés de protestar, estão começando a pensar em sair do país, com a intenção de evitar serem enviados para a linha de frente da Guerra.
Um sinal disso são as passagens aéreas para países onde não é solicitado um visto aos russos, que se esgotaram ou tiveram seus preços aumentados absurdamente. Voos diretos de Moscou para Istambul, na Turquia, e Yerevan, na Armênia esgotaram no dia do anúncio, de acordo com dados fornecidos pelo Aviasales, site de reservar popular da Russia.
Momentos depois de o anúncio ser dado, conversas no Telegram sobre sair da Rússia foram iniciadas, a respeito de os homens estarem ou não sendo autorizados a deixar o país por fronteiras terrestres.
Em entrevista a BBC, Alexander, um cidadão russo disse não enfrentar problemas para deixar o país, saindo da Rússia acompanhado de três amigos, todos reservistas, com exceção de um amigo.
Presidente Vladimir Putin durante seu discurso (Foto:Reprodução/DW)
É permitido deixar a Rússia?
Durante seu discurso o presidente Vladimir Putin não disse nada sobre os homens que poderiam ser convocados para a linha de frente seriam impedidos de deixar o país. Nada foi dito também pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
Dmitry Peskov, o porta-voz presidencial disse ainda não poder responder á esta pergunta:
“Há diferentes disposições sobre esta questão nas leis atuais. Vamos ter um pouco de paciência. As explicações sobre este assunto serão feitas” disse o porta-voz, de acordo com a agência Interfax.
Foto Destaque: Aéroporto na Rússia / Reprodução: Economia em pauta
