Após decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que permitiram a volta dos chefões do tráfico de drogas aos presídios do estado, o governo carioca decidiu recorrer para reverter a situação. Segundo informações do G1, serão apresentados ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e também ao Judiciário, argumentos e um relatório feito por órgãos de inteligência, a fim de impedir a volta dos criminosos ao estado carioca.
A ideia do governo fluminense e da sua cúpula de segurança, é manter os traficantes em presídios federais. Porém, devido à decisão tomada pelo Tribunal de Justiça, Luiz Cláudio Machado, conhecido como “Marreta”, já está de volta ao estado e foi transferido ao presídio Bangu 1. A situação pode piorar, pois o outro chefão do tráfico, Rogério Avelino da Silva, de apelido “Rogério 157”, também pode retornar a qualquer momento para o Rio de Janeiro.
Penitenciária Bangu 1, local para onde Marreta foi transferido (Foto: reprodução/Jornal Extra)
Marreta
Luiz Cláudio Machado, o Marreta, está preso desde 2014, quando foi capturado em uma ação conjunta da polícia brasileira e da polícia paraguaia, local onde o criminoso estava foragido.
Marreta é um dos líderes do Comando Vermelho, era o responsável pela chegada de cocaína nas favelas que eram dominadas pela facção. Enquanto estava foragido, era ele quem comandava a distribuição de armas e drogas pelas comunidades.
Rogério 157
Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, está detido desde 2017. Era um dos homens de confiança do chefe do tráfico de drogas da Rocinha, o Nem.
Depois de matar alguns dos capangas de Nem e expulsar a esposa do mesmo da favela, a qual pretendia comandar as ações do tráfico, Rogério assumiu o controle do crime em determinada área da comunidade.
Após conflitos com o antigo chefe e de fugir da Rocinha, Rogério foi encontrado pela Polícia Civil e preso em Arará, comunidade da Zona Norte.
Foto destaque: Marreta e Rogério 157. Ambos foram autorizados a se transferirem para presídios do Rio de Janeiro. Reprodução/TV Globo/G1