Sob a liderança do presidente libertário Javier Milei, o governo argentino adotou uma decisão estratégica ao remover as reformas fiscais do projeto de lei conhecido como "Lei Ônibus". O Ministro da Economia, Luis Caputo, comunicou a medida em uma coletiva de imprensa, enfatizando o desejo de atender às demandas da oposição e simplificar o processo de aprovação no Congresso, de acordo com O Globo.
Compromisso com o equilíbrio fiscal
Apesar da retirada do capítulo fiscal, Caputo reforçou o comprometimento constante do governo em atingir o equilíbrio fiscal e a meta de déficit zero. Ele garantiu que as negociações referentes às reformas serão reiniciadas, mesmo com o governo escolhendo estender o prazo para uma discussão mais aprofundada dessas questões.
Luis Caputo, ministro da economia do atual governo da Argentina (Foto: reprodução/Victor R. Caivano/AP)
Perspectivas positivas para a aprovação da “Lei Ônibus”
Com a retirada do capítulo fiscal, o ministro Caputo expressou otimismo em relação à aprovação do restante da abrangente "Lei Ônibus" no Congresso. O projeto, que engloba desde privatizações até reformas tributárias, busca realizar uma espécie de mudança estrutural na Argentina. A privatização de várias empresas, excluindo a YPF SA, é vista como uma parte importante do plano governamental para impulsionar o crescimento econômico do país.
Na próxima terça-feira, a Câmara dos Deputados deverá votar o projeto de lei, mas a oposição já afirmou que rejeitará cerca de 200 reformas se suas modificações não forem aceitas pelo governo. Além desse cenário de tensão, o ministro Caputo assumirá as responsabilidades deixadas pelo ex-ministro da Infraestrutura, Guillermo Ferraro, demitido na última semana.
Desde a posse de Milei, a presidência conquistou algumas melhorias nas finanças do país. O banco central, que antes apresentava reservas negativas de US$ 11 bilhões, agora mostra um aumento notável, ultrapassando US$ 5 bilhões. A inflação, que atingiu 25,5% em dezembro de 2023, mostrou uma "desaceleração acentuada" em janeiro, conforme observado pelo presidente, sinalizando possíveis indícios de estabilização econômica no horizonte.
Foto Destaque: Presidente argentino libertário Javier Milei (Reprodução/Augustin Marcarian/Reuters)