O furacão Beryl recebeu a classificação de risco 4, em uma escala de 5 níveis, neste domingo (30), pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. O primeiro furacão da temporada atlântica neste ano foi instalado na última sexta-feira (28). A intensificação chamou a atenção dos países caribenhos para se alertarem e se prepararem.
De acordo com o NHC, as ilhas de Barlavento, sudeste de Porto Rico e norte da Venezuela, são uma das que estão em zona de risco, com chances de ventos fortes e tempestades que podem trazer mortes. Além disso, também informamos que segue se movendo para o Oeste. Os meteorologistas afirmam que os ventos sustentados se aproximavam de 85 km.
Preparação dos países
Com aviso do furacão, Barbados, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Granada receberam alerta da chegada do Beryl, enquanto as ilhas Martina e Tobago foram avisadas da tempestade tropical. Já sobre a Dominica, um alerta de tempestade tropical foi emitido.
Segundo o comunicado do meteorologista do centro de furacões, John Cangialosi, nessa época do ano comum é haver tempestades fortes. Ele afirma que os furacões se formarão na Atlântica tropical central ou oriental no início do ano, e estamos em junho.
Furacão traz riscos de vida e ventos fortes de 85 km (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Mike Hill)
Contudo, os moradores foram alertados pelas autoridades de Barbados, São Vicente e Granadinhas e Granada para a chegada do furacão. Conforme o primeiro-ministro de Granada, Dickson Mitchell, o país pode receber três meses de chuva em 12 horas.
Além de Granada, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinhas também informa que se a capital do país, Kingstown, receber 4 polegadas de chuva, vai inundar a cidade, pois, com apenas 2 polegadas, resultam em inundações.
La Niña
Para 2024, os meteorologistas alegam que o ano terá uma temporada atlântica de furacão mais ativa que o normal. Conforme a previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), mais de 17 a 25 tempestades nomeadas serão desenvolvidas somente neste ano.
Um dos motivos para ocorrer tantas tempestades tem a ver com o fenômeno La Niña. Quando o Oceano Atlântico esquenta, ocorre a formação do La Niña, sendo o resfriamento do Oceano Pacífico. Com isso, fica mais propício a receber tempestades com interferência entre os ventos.
Foto Destaque: Formação de um furacão (Reprodução/Getty Images Embed/Roberto Machado Noa)