Na última quinta-feira (17), foi feito um flagrante que encontrou 15 pessoas em situação análoga à escravidão em um restaurante de comida Japonesa na Zona Leste de São Paulo.
O flagrante ocorreu após denúncias feitas para o Ministério Público do Trabalho, que em seguida foram averiguadas pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Liberdade Pessoal.
No restaurante Sushi Vila Formosa, os policiais acharam 15 pessoas sendo mantidas em condições precárias, sendo elas vindas da Região Nordeste do Brasil com a promessa de alojamento e alimentação para trabalharem.
Essas 15 pessoas ficavam em quarto aos fundos, com nenhuma higiene e mofo por todo o lugar, para eles era serviço apenas o café da manhã, que ficava exposto o dia inteiro.
Alimentos do restaurante também se encontravam em situação precária. Divulgação/Policia Civil
A situação de funcionamento também foi investigada. No local, os policiais acharam peixes no chão, produtos vencidos e freezer sem higiene, além disto, os funcionários também eram orientados a aproveitar o resto de comida dos clientes para outros pedidos.
Algum dos funcionários estavam no local a cerca de quatro meses, outras já estavam por ali por mais tempo. Uma funcionária que veio da Paraíba disse para os policiais que os donos do restaurante diziam que a situação em que se encontravam era provisória, apenas para os que estavam em experiência.
Os funcionários também contaram que eles tinham ficado por algum tempo em outro lugar cheio de mofo, mas que depois que reclamaram foram para os fundos, onde também se encontrava em uma situação precária.
A gerente do restaurante, a qual segundo os funcionários é, na verdade, a sócia, foi presa por crimes ligados a higiene do restaurante e pela situação análoga a escravidão dos funcionários. Porém, foi liberada após a audiência de custódia.
A polícia também informou que os donos do local também serão procurados e que outros órgãos tomaram providências referentes ao local.
Foto em destaque: Restaurante de comida japonesa tinha funcionários em situação análoga à escravidão. Divulgação/Polícia Civil