Em discurso realizado no Vaticano durante essa Quarta-feira (05), Papa Francisco se mostrou extremamente preocupado com a dívida dos países do sul do planeta e pediu que todos se empenhem e lutem na busca de soluções para ajudá-los da melhor maneira possível. O Pontífice chegou a mencionar inclusive o perdão da dívida de alguns dos países durante o Jubileu em 2025, fato tradicional entre os Judeus.
Estrutura Funcional
O âmbito financeiro, globalmente falando, não vem tendo ótimos desempenhos. O Institute of International Finance (IIF), divulgou em fevereiro do ano vigente que a dívida global atingiu seu número mais alto em 2023, 313 trilhões de dólares, superando em 15 trilhões o relatório anterior.
O Papa recebeu. antes do discurso, os membros do seminário, enfrentando a crise da dívida no Sul Global, impulsionando pela Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano. Para Francisco é necessário a criação de mecanismo para auxílio máximo a esses países que possuem dívidas extremas, “Para tentar quebrar o ciclo de financiamento da dívida, é necessário criar um mecanismo multinacional que leve em conta a natureza global do problema e suas implicações econômicas, financeiras e sociais”, disse ele.
Reportagem sobre discurso do Papa (reprodução/YouTube/CNN Brasil Economia)
Os países integrantes do G20 até chegaram a um acordo para uma “Estrutura Funcional”, que promete ajudar países mais desfavorecidos, entretanto o progresso não tem sido muito rápido.
O perdão
Era uma tradição entre o povo Judeu, que no ano em que se passa o Jubileu divididas fossem perdoadas. Este ato foi relembrado pelo Pontífice, pelo fato de o Jubileu ser em 2025.
“Nenhum governo pode exigir moralmente que seu povo sofra privações incompatíveis com a dignidade humana”, completou Francisco em seu discurso na audiência geral. O Papa Francisco pretende com isso que os países mais equilibrados financeiramente ofereçam alívio na dívida dos que passam por dificuldades em seu planejamento orçamentário.
Foto Destaque: Papa Franciso em audiência geral (Reprodução/REUTERS/Remo Casilli)