Chegou a 102 o número de funcionários das Nações Unidas mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Isreal e Hamas, em 7 de outubro deste ano. Este é declarado o maior número já registrado de trabalhadores da ONU mortos em um conflito na história da organização. A informação foi divulgada na última segunda-feira (13) pela Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para os Refugiados da Palestina (UNRWA).
Ainda de acordo com a UNRWA, além das mortes, ao menos 27 ficaram feridos. Também durante essa semana, a agência fez uma denúncia alegando que um de seus prédios havia sido atingido por ofensivas israelenses. Neste caso, os funcionários haviam deixado o local 90 minutos antes do ataque. Localizado em Rafah, na fronteira com o Egito, o prédio sofreu graves danos.
Não há local seguro na Faixa de Gaza
Prestando serviço humanitário na região desde 7 de outubro, além dos funcionários mortos em atuação, outros perderam a vida enquanto esperavam em fila para comprar pães e nas próprias residências durante ataques aéreos e terrestres conduzidos por Israel. "Nas últimas 24 horas, um funcionário da UNRWA foi morto com a sua família no norte da Faixa de Gaza devido a ataques”, informou a agência em um comunicado.
Filas para receber comida em Rafah (Foto: reprodução/Hatem Ali/AP/G1)
Em todas as sedes da entidade ao redor do mundo, as bandeiras foram hasteadas a meio-mastro e funcionários fizeram um minuto de silêncio como forma de homenagem aos colegas mortos no conflito. Segundo o diretor da UNRWA, Tom White, o gesto não foi feito em território palestino, que manteve a bandeira da ONU hasteada bem alto, como sinal de que a organização permanece em serviço.
Funcionários prestam homenagem aos colegas mortos em Gaza (Foto: reprodução/Unrwa/Shafiq Fahed/ONU News)
Na sede de Nova York, estiveram presentes na cerimônia o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres; o presidente da Assembleia Geral, Dennis Francis; e a vice-secretária-geral, Amina Mohammed.
Foto destaque: bandeiras da ONU são hasteadas a meio-mastro em sinal de luto (Reprodução/Evan Schneider/ONU)