Por meio de um comunicado via "Telegram", nesta terça-feira (21),o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, afirmou que um acordo de trégua com Israel está próximo de acontecer. Representantes tem negociado uma possível libertação de 240 reféns, sequestrados no dia 7 de outubro, que deixou cerca de 1.159 mortos incluindo mulheres e crianças.
Entenda o que aconteceu
O Ministério das Relações Exteriores do Catar, afirmou nunca estar tão perto de conseguir um acordo. O primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse que a negociação para cessar fogo e libertar reféns depende de questões práticas menores.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comentou sobre a possibilidade de haver uma trégua na Faixa de Gaza ao ser questionado em seu pronunciamento, em Washington. “Eu acredito que sim”, afirmou. Biden também disse sobre os apelos do Hamas por cessar-fogo. “Enquanto o Hamas se apegar à sua ideologia de destruição, um cessar-fogo não é paz”. De acordo com o representante americano, o grupo quer uma trégua para poder reconstruir seus armamentos perdidos e buscar novos recursos de guerra.
Segundo fontes próximas, a trégua será de cinco dias, irá incluir um cessar-fogo e limitação do acesso aéreo de Israel no sul de Gaza. Entretanto, seriam liberados entre 50 e 100 reféns presos pelo Hamas e pelo Jihad Islâmica. Já entre os israelenses presos, os palestinos liberariam 300 para voltarem a Israel.
A Casa Branca informou que o acordo está em fase de finalização, mas iria manter outras informações em sigilo para não comprometer o andamento do acordo.
Dados desde o início
O conflito Israel-Hamas teve início no dia 7 de outubro, quando mais de mil pessoas foram mortas em um único dia. A guerra se mantém ativa e até o momento se estipula que são aproximadamente 13 mil mortos, incluindo soldados, mulheres e crianças.
Crianças e mulheres fungindo dos ataques entre Israel e Hamas (Foto: reprodução/Abed Khaled/Sputnik)
De acordo com a "ONG Save the Children" (“Salve as crianças”, em tradução), cerca de 2.000 crianças já foram mortas na guerra entre palestinos e israelenses. Mais de 1.200 mulheres também são vítimas dos ataques entre os grupos.
Na Cisjordânia, onde parte dos israelenses ocupa espaço, até o final do mês de outubro, 122 palestinos foram mortos de forma violenta na região, segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina.
Foto destaque: Ismail Haniyeh, líder do Hamas em pronunciamento (Reprodução/Monitor do Oriente)