Nesta segunda-feira (19), o FBI e outras agências federais dos Estados Unidos fizeram um comunicado alegando que o Irã foi responsável por um ataque hacker à campanha presidencial de Donald Trump. Após o ataque, vários documentos foram vazados por um usuário anônimo. Esta é a primeira vez que os EUA atribuem formalmente um ataque cibernético a um país. Segundo as autoridades, o objetivo do ataque seria abalar a confiança nas instituições democráticas americanas.
Detalhes do ataque e responsabilidade do Irã
No dia 10 de agosto, a campanha de Donald Trump anunciou ter sido alvo de um ataque cibernético. Após o vazamento de informações realizado pelos hackers, diversos documentos foram expostos na rede. Segundo o site "Politico", o ataque teria sido realizado por um usuário anônimo. No entanto, na semana passada, o Google divulgou um relatório que sugeriria que a origem dos ataques teria partido do Irã.
Ex-presidente dos EUA, Donald Trump, na Conferência Política Caminho para a Maioria (Reprodução/Samuel Corum/Getty Images)
As autoridades americanas afirmaram: "Observamos uma atividade iraniana cada vez mais agressiva durante este ciclo eleitoral, envolvendo especificamente operações de influência visando o público americano e operações cibernéticas com alvo nas campanhas presidenciais." Neste comunicado das agências americanas, foi a primeira vez que os Estados Unidos atribuíram formalmente um ataque cibernético a um país específico.
Investigação em curso e impacto potencial
O FBI também está investigando uma tentativa de invasão na campanha da candidata democrata Kamala Harris. O Google apontou o Irã como responsável por mais essa tentativa. Segundo o FBI, hackers iranianos tiveram contato direto com pessoas envolvidas nas duas campanhas, o que pode gerar uma discussão sobre a extensão da interferência internacional e o impacto que isso pode ter na integridade do processo eleitoral americano.
Segundo a agência de notícias americana Associated Press, as autoridades americanas receberam informações sobre um plano para tentar assassinar o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, com o objetivo de interferir diretamente no processo eleitoral americano. Apesar de as autoridades iranianas terem respondido ao fato, chamando-o de “infundado e malicioso”, o serviço secreto americano aumentou a segurança do ex-presidente na ocasião.
Acredita-se que o atentado sofrido por Trump na Pensilvânia, no mês de julho deste ano, não tenha ligação com a ameaça iraniana divulgada pela Associated Press.
Foto Destaque: Ex-presidente dos EUA, Donald Trump (Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)