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Estudo aponta que mais de 11 mil pessoas morrem por conta da poluição na cidade de São Paulo

Para 96% da população, a prefeitura de São Paulo deveria atuar ativamente para criar alternativas de curto e médio prazo para diminuir a poluição e seus efeitos nas mudanças climáticas na cidade.

29 Abr 2022 - 15h26 | Atualizado em 29 Abr 2022 - 15h26
Estudo aponta que mais de 11 mil pessoas morrem por conta da poluição na cidade de São Paulo Lorena Bueri

O mais novo estudo realizado pelo Instituto Global de Saúde e da Universidade Pompeu Fabra, na Espanha aponta que a redução da poluição do ar e sonora, o aumento de áreas verdes e a redução da temperatura, evitariam 11.372 mortes ao ano na capital paulista.

De acordo com os dados do Sistema de Informações de Mortalidade, as 11 mil mortes equivalem a 17% do total de vítimas por causas naturais na população adulta do município.

Em entrevista à Rádio CNN, Evelise Pereira Barboza, doutoranda que cuida do estudo, explicou que a combinação de alta poluição com poucas áreas verdes, como é o caso da cidade de São Paulo afeta “diferentes órgãos do corpo e é relacionada a diferentes doenças, como câncer e problemas cardiorrespiratórios.”

E completou: “O aumento de áreas verdes, por exemplo, promove a melhora da imunidade biológica, evolução cognitiva e até a saúde mental. Já a temperatura está vinculada à mortalidade, especialmente em pessoas maiores de 60 anos

O ar poluído, é apenas um dos tipos de poluição presentes em uma grande metrópole. Ela também precisa lidar com a contaminação do solo, dos mananciais. Descartando a poluição eletromagnética, todas as outras causam danos maiores à saúde e também a qualidade de vida das pessoas.

Reverter isso, traria benefícios em termos de qualidade de vida e a questão, se levada a um contexto mais amplo, também traria ganhos ambientais para o planeta como um todo

Uma empresa suíça especializada em monitoramento da qualidade do ar, afirma que a poluição atmosférica foi responsável por 15 mil mortes em São Paulo no ano de 2020. Esse fato ocorre de diversas formas, como doenças respiratórias, cardíacas, renais e até mesmo doenças cognitivas. Além disso, a emissão de poluentes contribui com as mudanças climáticas e o aquecimento global

O ar poluído é uma mistura do ozônio troposférico com as PM2,5, partículas inaláveis com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (aproximadamente um quarto da espessura de um fio de cabelo). Nas metrópoles, são emitidas principalmente pela queima de combustível nos carros. Existem também outras fontes, como o sal carregado pela água do mar evaporada, as queimadas que são muito comuns nas periferias e até interações químicas de gases no ar.


São Paulo é o estado que tem o ár mais poluído do país. (Foto Reprodução: Agência Brasil)


O ozônio troposférico, por sua vez, não tem um emissor específico. Ele se forma devido à interação entre outros gases,  como os óxidos de nitrogênio (resultantes da combinação de monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio), os compostos orgânicos voláteis e a luz do Sol.

Foto Destaque: No dia 19/08/2019 o nível da poluição atmosférica foi tão alto que o dia virou noite. Foto Reprodução: site Correio Braziliense.

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