Nesta quarta-feira (25), o governo dos Estados Unidos anunciou que fornecerá 31 tanques de batalha M1 Abrams para a Ucrânia em questão de meses. A decisão auxilia no quebramento de um impasse diplomático com a Alemanha sobre a melhor forma de ajudar Kiev na guerra contra a Rússia.
O presidente Joe Biden comentou que os tanques são necessários para ajudar os ucranianos a "melhorar sua capacidade de manobrar em terreno aberto". A decisão foi tomada após a Alemanha anunciar que irá fornecer à Ucrânia tanques Leopard 2 e afirmou ainda, que a Rússia não irá separar as uniões.
"A expectativa por parte da Rússia é que vamos nos separar", disse Biden sobre os aliados dos EUA e da Europa. "Mas estamos totalmente, total e completamente unidos", afirma.
Os Estados Unidos estava “com o pé atrás" na ideia de enviar os tanques Abrams ao país em guerra, pois estes são difíceis de manter. Os tanques a serem enviados pela Alemanha são os considerados mais adequados. O presidente dos EUA ressaltou que essa decisão não é uma declaração de guerra: "Isso não é uma ameaça ofensiva à Rússia", disse.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou sobre a decisão de enviar Abrams.
"Tenho certeza de que muitos especialistas entendem o absurdo dessa ideia. O plano é desastroso em termos de tecnologia", disse. "Mas, acima de tudo, superestima o potencial que adicionará ao exército ucraniano".
"Esses tanques queimam como todos os outros", disse Peskov.
Já o chefe da administração presidencial da Ucrânia comentou que esse é um "dia histórico", pois pode ajudar a determinar o resultado da guerra.
"O principal é que este é apenas o começo. Precisamos de centenas de tanques", disse Andriy Yermak em um post no Telegram rotulado como "Os EUA nos darão 31 Abrams". Acrescentou ainda: "É um dia histórico. Um desses dias que determinará nossa vitória futura".
Estados Unidos anuncia envio de 31 tanques para ajudar a Ucrânia na guerra
(Foto: Reprodução/Ints Kalnins/Reuters/G1)
Houve conversas antes das decisões
Altos funcionários do governo americano afirmaram que Biden conversou sobre a assistência à Ucrânia com o alemão, Olaf Scholz, durante várias ocasiões. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron, ambos aliados próximos na ajuda à Ucrânia, também conversaram com o chefe americano.
"O anúncio de hoje realmente foi um produto de boas conversas diplomáticas como parte de nossas consultas regulares e contínuas com aliados e parceiros sobre assistência de segurança à Ucrânia", disse a autoridade francesa.
Foto destaque:Estados Unidos anuncia envio de 31 tanques para ajudar Ucrânia na guerra/Reprodução/REUTERS/David Mdzinarishvili/G1