Nesta terça-feira (14) Os Estados Unidos afirmaram que um drone militar “Reaper” norte-americano caiu no Mar Negro (Localizado entre Europa, Turquia e Cáucaso) após bater na hélice de um caça Su-27 da Rússia. Moscou negou a colisão e afirmou que o equipamento caiu na água após realizar movimentos bruscos.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirmou que dois jatos russos realizaram uma interceptação ‘imprudente’ do drone espião, o que resultou na colisão entre o drone e o jato Su-27. Segundo os norte-americanos, diversas vezes antes da colisão, as aeronaves despejaram combustível no drone e voaram na frente do equipamento fazendo manobras inseguras.
Em comunicado, o general da Força Aérea dos EUA, James Hecker disse “Nossa aeronave MQ-9 estava conduzindo operações de rotina no espaço aéreo internacional quando foi interceptada e atingida por uma aeronave russa, resultando em um acidente e na perda total do MQ-9”. Afirmou.
Mar Negro. (Foto: Reprodução/Banda B)
O Ministério da Defesa da Rússia disse que o drone foi detectado perto da fronteira russa e, por isso, os jatos decolaram para investigar a situação. A agência russa de notícias, a TASS, negou o uso de armas aerotransportadas e o contato com a equipe dos Estados Unidos.
"Devido a manobras bruscas, o drone norte-americano entrou em voo descontrolado com perda de altitude e colidiu com a superfície da água", afirmou a agência.
Apesar de que os EUA não tenham navios de guerra no Mar Negro, o país realiza sobrevoos na região regularmente.
Os militares norte-americanos disseram que o incidente seguiu um padrão de comportamento perigoso de pilotos russos que operam próximo de aeronaves conduzidas pelo Estados Unidos e seus aliados, principalmente sobre o Mar Negro, que faz fronteira com a Rússia e a Ucrânia.
O porta-voz do Departamento de Estado do EUA, Ned Price, afirmou que o embaixador da Rússia será convocado em Washington para uma reunião nesta terça para falar sobre o acidente.
Foto Destaque: Jato Su-27. Reprodução/Reuters