Na semana passada a bióloga marinha australiana Jacinta Shacketon, registrou um momento raro do polvo-véu na Ilha Lady Elliot, na grande barreira de corais australiana. O polvo também conhecido como polvo-coberto, possui pouquíssimas aparições diante dos seres humanos ao longo da história da exploração dos oceanos.
Em sua publicação no Instagram, a bióloga relata que esses animais são uma espécie de polvo pelágico raramente encontrado que passa todo o seu ciclo de vida em mar aberto. O primeiro macho vivo só foi avistado em 2002, ao norte da Grande Barreira de Corais, por uma equipe liderada pelo Dr. Julian Finn, curador de invertebrados marinhos do Museu Victoria.
- "Quando o vi pela primeira vez, pensei que poderia ser um peixe juvenil com barbatanas longas, mas, quando se aproximou, percebi que era um polvo-véu fêmea e tive uma sensação avassaladora de alegria e emoção", disse ela ao jornal britânico The Guardian.
O nome científico da espécie é Tremoctopus Violaceus Violaceus, as fêmeas podem medir até 2 centímetros, enquanto os machos não passam de 2,4 centímetros. Além disso, os machos não possuem os "véus" que refletem as cores do arco-íris, característica que chama tanto a atenção nas fêmeas.
Em êxtase, a bióloga filmou o espécime, uma fêmea, fazendo movimentos que lembram uma dança, efeito causado pelo seu tipo diferente de tentáculos, parecidos com véus.
Movimentos do polvo-véu na água se assemelham a uma dança. (Foto: Reprodução/Uol.com)
-"Era como se estivesse dançando na água com uma capa esvoaçante. As cores vibrantes são tão incríveis que você não consegue tirar os olhos delas” contou.
Foto destaque: Só existem quatro registros de avistamento dessa espécie no local. Reprodução/ Instagram jacintashackleton