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Entenda por que a fila do Auxílio Brasil está aumentando

O Auxílio Brasil, benefício criado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir o Bolsa Família, vem sendo cada vez mais requisitado apesar da queda do desemprego.

23 Jul 2022 - 12h45 | Atualizado em 23 Jul 2022 - 12h45
Entenda por que a fila do Auxílio Brasil está aumentando Lorena Bueri

Não é surpresa que está cada vez mais caro viver no Brasil. O desemprego e o aumento da inflação vem afetando as compras de todas as famílias brasileiras. Com isso, o Auxílio Brasil, benefício criado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir a Bolsa Família, vem sendo requisitado cada vez mais por famílias de baixa renda. Em julho, a fila para ter acesso ao benefício chegou a 1,5 milhão de famílias, o número dobrou em apenas dois meses.

O que faz as famílias recorrerem a esse auxílio são diversos, mas os que valem mais ser destacados, segundo Marcelo Neri, diretor da FGV Social, em entrevista ao jornal O Globo são: empobrecimento da população brasileira e o aumento do valor do benefício, que atualmente é R$ 600, isso faz com que atraia mais pessoas. “Essa fila, no país e nas capitais, é resultado desse empobrecimento da população nos últimos dois anos. E também da oferta de um auxílio mais generoso, que chega a R$ 600”, aponta Neri.

Esse empobrecimento pode ser relacionado com a queda do desemprego. Isso, porque apesar de as pessoas estarem conseguindo empregos, os salários pagos diminuíram em relação a períodos anteriores, ou seja, esses trabalhadores continuam mais sensíveis ao aumento do custo de vida e da inflação.


Ministro da Economia Paulo Guedes. (Foto: Reprodução/Ueslei Marcelino/Reuters)


Outro fator que também vale ser destacado, segundo Neri, é a transição entre o Auxílio Emergencial para o Auxílio Brasil. O primeiro foi criado durante a pandemia de Covid-19 para ajudar famílias que foram impedidas de trabalhar. Depois, esse benefício foi encerrado e começou o Auxílio Brasil, benefício que começou distribuindo R$ 400 para famílias de baixa renda e atualmente paga o valor de R$ 600. Nesse meio tempo, pelo menos 20 milhões de pessoas ficaram sem receber nenhum dos auxílios, isso fez com que a demanda pelo benefício também aumentasse. “Como o Estado brasileiro não consegue aumentar a oferta de proteção social, a fila cresce”, avalia Neri.

Esse benefício não foi bem formulado. Não está focando os mais pobres. Por exemplo, não dá mais recursos para famílias maiores e isso poderia ser feito usando a informação do Cadastro Único. As famílias menores têm renda per capita mais alta”, disserta o diretor da FGV Social.

É fato que ambos os auxílios e os outros recém criados pelo presidente Jair Bolsonaro são muito importantes para a população mais pobre. No entanto, todos foram mal formulados e podem gerar uma “bomba econômica” e caso o presidente que assumir o poder em 2023 decida encerra-los, a pobreza pode aumentar, avalia Neri.

Foto Destaque: Longas filas para ter acesso ao Auxílio Brasil. Reprodução/Fabiano Rocha/Agência O Globo

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