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Empresas investem em reformulação de embalagens para reduzir o impacto ambiental do plástico

Com leis cada vez mais restritivas e pressão dos consumidores, as indústrias investem em inovações em busca de alternativas às embalagens de plástico

18 Fev 2022 - 11h20 | Atualizado em 18 Fev 2022 - 11h20
Empresas investem em reformulação de embalagens  para reduzir o impacto ambiental do plástico Lorena Bueri

Ao mesmo tempo em que o plástico é um sucesso por ser leve, durável e poder ser usado em inúmeras opções de materiais diversos, ele é também um fracasso pelo fato de ser extremamente difícil de reciclar. Tanto que de 80% de todo plástico produzido no mundo, cerca de 8,3 bilhões de toneladas métricas, apenas 20% é reciclado. Além disso, um estudo sugere que o plástico deve triplicar nos oceanos até 2040, em uma média de 32 milhões de toneladas por ano, segundo matéria da National Geographic.

Com isso, em janeiro, um grupo de 42 países e 70 empresas pediu à ONU um tratado internacional para produção e reciclagem, porque acredita-se que  regras distintas em cada mercado prejudicam a competitividade e sobrecarregam as companhias.

Sob a pressão da lei e dos consumidores, as multinacionais vêm tentando reduzir sua produção de embalagens plásticas com tecnologias, reuso dos materiais, reciclagem com parceiros e uso de outros materiais.


Devido suas vantagens comerciais, o plástico dificilmente sairá de circulação, mesmo sendo considerado um vilão ambiental. (Foto: Reprodução/Governo da Bahia)


De acordo com José Fernando Machado, diretor comercial da Graham Packaging no Brasil, uma das principais inovações da área é o redesenho das embalagens.

Há tecnologias de fabricação onde se consegue, através de distribuição de material, garantir mais performance com menos material. Num dos clientes, no México, com o redesenho, reduzimos de 18g para 14g o potinho de iogurte. Quando se considera a produção média de 10 milhões de unidades por mês, é uma grande diferença”, afirma Fernando Machado.

Outro exemplo de reformulação é o SodaStream, da Pepsi, que em vez de água gasosa em embalagens plásticas, adotou-se a venda de CO² em latas reutilizáveis para gaseificar em casa.

Alex Carreteiro, presidente da PepsiCo Brasil Alimentos, diz que a empresa avalia usar papel para garrafa e embalagens de alimentos à base de plantas (nos EUA, o saco compostável, de bioplástico, já é comercializado).

A Ambev, por sua vez, reduziu em 70% o plástico de packs de Skol ao trocar o embrulho por uma alça presa diretamente às latas. A cervejaria também empreende, em parceria com a start-up growPack, numa tecnologia de embalagens com compostos orgânicos.

Também a L’Oréal global, junto a uma start-up de biotecnologia, gera PETs reciclados com qualidade igual à do plástico virgem; e investe em garrafas e tubos de papelão nos produtos.

A Unilever, tem a promessa de reduzir pela metade o uso de plástico virgem em suas embalagens até 2025, uma de suas estratégias para isso foi lançar um modelo de refil, onde os clientes recarregam shampoo, condicionador, produto de limpeza e outros itens em seus potes. A empresa também desenvolve a troca do plástico por celulose de origem reciclável para embalar o sabão Omo no Brasil e no mundo.

A Coca-Cola que investiu mais de R$ 1,1 bilhão nos últimos cinco anos em linhas de retornáveis, e lançou a garrafa de água mineral feita 100% com PET reciclado em 2020, no Brasil, agora investe num piloto de digitalização da troca de garrafas por meio de um aplicativo, segundo a diretora de sustentabilidade da Coca-Cola América Latina, Andrea Mota.

Contudo, segundo Blake, da Gartner, as metas de redução e reciclagem propostas pelas empresas, em geral, são difíceis de serem cumpridas porque há uma enorme quantidade de embalagens que ainda não são reaproveitadas ou recicladas.

Bem como, Paulo Teixeira, diretor superintendente da Abiplast, destaca que o uso racional do plástico é um problema coletivo, ele afirma que a “maioria das cidades não tem um sistema de coleta seletiva. Quando tem, a população não está engajada ou não destina corretamente. Além disso, a tributação da resina virgem é menor que a da reciclada”.

 

Foto Destaque: Empresas investem em redução do uso de plástico. Reprodução/O Globo.

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