Na tarde de sexta-feira (8), o empresário e corretor de imóveis Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, foi morto a tiros no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Meses antes de ser executado, o empresário deu uma entrevista e revelou acreditar que pessoas estavam planejando seu assassinato, pois estava sendo jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
Histórico de sequestro e acusações de desvios milionários
Meses antes de ser executado, Gritzbach afirmou que teriam pessoas orquestrando um plano para matá-lo. Segundo o empresário, o PCC estava o acusando de desviar R$ 100 milhões e acreditavam que ele também estaria envolvido nas mortes do traficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Presta, e seu motorista, Antônio Corona Neto, conhecido como sem sangue. Foram executados em 2021, e o PCC atribuiu as mortes ao corretor, pois o acusou de traição após investir valores ilícitos em criptomoedas para a traficante Cara Preta.
Gritzbach, em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, declarou que sua relação com Anselmo era apenas comercial, segundo ele apenas intermediava a compra e venda de imóveis para o Cara Preta, e não teria ligação alguma com o crime.
Antônio Vinicius Gritzbach revelou o plano de morte contra ele (Vídeo: reprodução/YouTube/CidadeAlertaRecord)
Tribunal no crime
O empresário também declarou que foi mantido em cativeiro pelo PCC, e passou nove horas no controle da facção, foi liberado somente depois da promessa de restituir o valor que eles achavam que teria sido desviado. Gritzbach foi preso e então fez uma delação premiada, homologada em abril de 2024. Ele declarou que se envolveu com dirigentes de empresas de agência de jogadores de futebol, e que participou de esquema de lavagem de dinheiro para o PCC.
Danilo Lima de Oliveira, sócio da empresa Lion Soccer Sportr, agência de atletas que tem destaque no Campeonato Brasileiro Série A. Depois do depoimento do empresário, Danilo agiu de uma forma violenta e ameaçou esquartejá-lo.
Execução no aeroporto e investigação
Na última sexta-feira, enquanto estava no aeroporto de Guarulhos, o empresário foi surpreendido por atiradores. Gritzbach não resistiu e morreu no local, os suspeitos estavam em um Gol preto, abandonado próximo ao aeroporto.
A diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, destacou que o empresário já estava sendo investigado, pois ele tinha informações sobre os esquemas financeiros do PCC.
As autoridades não deram mais detalhes sobre a possível conexão dos executores do corretor e as organizações criminosas.
Foto Destaque: Foto de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach (Reprodução/TV Record)