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Empresa de submarino desaparecido demitiu diretor que duvidou da segurança do transporte

O diretor foi demitido no ano de 2018, ele afirmou que a porta do veículo teria sido projetada para aguentar pressão de 1.300 metros, enquanto a empresa planejava que os passageiros atingissem uma profundidade de 4.000 metros

21 Jun 2023 - 13h42 | Atualizado em 21 Jun 2023 - 13h42
Empresa de submarino desaparecido demitiu diretor que duvidou da segurança do transporte  Lorena Bueri

Nesta terça-feira (20), a Justiça dos Estados Unidos emitiu documentos que mostram que o ex-diretor de operações marítimas da OceanGate, David Lochridge teria sido demitido após questionar a segurança do veículo. O Titan, é propriedade da empresa e foi utilizado para uma jornada no local de naufrágio do Titanic.  

As dúvidas do diretor, que é piloto de submarino e mergulhador da Escócia, em relação ao submarino em questão estão registradas em uma resposta apresentada em uma ação movida pela empresa contra ele. Segundo documentos oficiais, David teria iniciado sua carreira na empresa em maio de 2015 e seu contrato era independente até o momento em que ele foi promovido a diretor de operações marítimas da OceanGate.  

No processo que a empresa abriu contra o mergulhador há cinco anos é possível verificar uma acusação de violação de acordo de confidencialidade por expor informações secretas e proprietárias.  


Funcionário teria alertado sobre falta de segurança do submarino. (Foto: Reprodução/FolhaPE)


Porém, segundo o ex-diretor, ele teria sido demitido por ter levantado questionamentos acerca da segurança design experimental que não foi testado pela empresa. O documento aponta que inicialmente ele teria comentado sobre sua preocupação e as observações teriam sido ignoradas. Ele apontava a necessidade de um maior controle de qualidade e segurança e alertou a equipe dos possíveis riscos do submarino ser exposto em profundidades maiores. 

O veículo, que conduzia 5 pessoas aos destroços do Titanic desapareceu no último domingo (18). A expedição teve início na última sexta-feira (16), saiu do Canadá com uma previsão de chegada aos destroços de 2 horas, porém o veículo perdeu comunicação após 1 hora e 45 minutos. O submarino conta com 1 piloto e quatro passageiros que pagaram individualmente cerca de R$1,19 milhões para a empresa. No momento a Guarda Costeira do Canadá e dos Estados Unidos estão utilizando suas tecnologias para encontrar o veículo e os passageiros. 

 Foto Destaque: Submarino desaparecido. Reprodução/ CNN/ OceanGate

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