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Em vídeo publicado no Youtube, Gilvaldo Alves assume que já foi preso

De morador em situação de rua a influenciador digital que ostenta vida de luxo nas redes sociais. Givaldo revelou em um vídeo que gravou para seu canal no Youtube que já esteve preso há cerca de 10 anos

21 Mai 2022 - 16h28 | Atualizado em 21 Mai 2022 - 16h28
Em vídeo publicado no Youtube, Gilvaldo Alves assume que já foi preso Lorena Bueri

Após a fama repentina de Givaldo Alves de Souza, também conhecido como mendigo de Planaltina, depois do episódio com  Sandra Mara, em que teve relações sexuais quando ela estava em estado de crise, e logo depois, foi espancado pelo marido dela, o personal Eduardo Alves, Givaldo virou alvo da atenção do público.

 Ele passou a ser agenciado por um empresário do mercado financeiro de bitcoin. O ex-morador de rua que antes nem moradia tinha, atualmente, dirige carro avaliado em R$ 500 mil, tem adquirido milhares de seguidores nas redes sociais, costuma postar fotos em boates, cercado de mulheres, e aparece em camarote badalado no desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro, ao lado de famosos.

Embora expor sua vida particular tenha virado profissão nos últimos dois meses, quando o assunto é a trajetória antes da fama, Givaldo sempre evitou os detalhes. O que se sabia até o momento, é que ele nasceu no interior da Bahia, foi casado, tem uma filha de 28 anos, trabalhou como operário da construção civil e como motorista. Em suas entrevistas desde que o caso em Planaltina ganhou repercussão nacional, Givaldo fala em falta de oportunidades como um dos motivos de ter vivido tantos anos na rua.

O Estado de Minas teve acesso a dois processos criminais que revelam uma parte da história de Givaldo que não costuma aparecer nas entrevistas. Ele tem passagem pela polícia de São Paulo e chegou a ficar preso por oito anos.

Gilvado foi condenado por furto qualificado e extorsão mediante sequestro. Os dois processos, sob números 0099595-22.2000.8.26.0050 e 0052070-05.2004.8.26.0050, tramitaram no Fórum Central de Barra Funda, em São Paulo: um na 5ª Vara Criminal, outro na 9ª Vara Criminal.

O furto ocorreu em 2001 e a condenação em 2005. Ainda enquanto tramitava o processo de furto, ele foi acusado por invadir a casa de uma pessoa, junto com outros dois indivíduos armados, sequestrando uma mulher e exigido resgate. Gilvaldo foi preso em flagrante e inicialmente ele foi condenado a 17 anos de prisão. Em 2013, Gilvaldo conseguiu uma revisão criminal e teve a pena reduzida para 8 anos. Como a pena já havia sido cumprida e o réu se encontrava preso naquele momento, foi expedido o alvará de soltura. Desde então, ele está livre e não deve nada à Justiça.

Em um vídeo publicado no YouTube, Givaldo confessou o erro que cometeu, e fez um apelo aos empresários para que deem oportunidades àqueles que tentam se ressocializar com a sociedade após a detenção. Além disso, ele reforçou que não se envolveu novamente com coisas erradas.



No vídeo, Gilvaldo releva informações que jamais tinham sido expostas (Vídeo: reprodução/Canal Gilvaldo Alves, o mendigo)


"Esse tempo todo desde que saí da prisão não tem sido fácil. Mas só que eu tenho me esforçado demais e tenho conseguido. Tanto que não me envolvi mais com coisas erradas e isso já faz quase dez anos", disse ele.

Quatro identidades diferentes

Os processos criminais nos quais Givaldo Alves foi condenado são públicos e podem ser acessados por qualquer pessoa. O que dificultou a pesquisa, foi que ele tinha quatro carteiras de identidades diferentes. No alvará de soltura expedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, pela 5ª Vara Criminal de Barra Funda, são listados três Registros Gerais (RGs) diferentes.

No RG mais recente de Givaldo, feito no Distrito Federal, traz a data de nascimento como 07/03/1974, natural de Pilão Arcado (Bahia), filho de Arnaldo Alves de Souza e Maria Magnólia de Souza.

Em um vídeo publicado em seu perfil do Instagram, ele afirma ser de Pilão Arcado, cidade que em 2021 tinha cerca de 35 mil habitantes, segundo dados do IBGE. Em seu vídeo mais recente, publicado no instagram, ele comemora o resultado final do inquérito.


(Reprodução/Instagram)


De acordo com a especialista criminal que levantou dados sobre os processos envolvendo Givaldo, ação cível que ele moveu contra o Facebook em 19 de abril de 2022, os dados de filiação, fotografia, além de outros dados apresentados por ele comprovam identidade que consta em um dos processos criminais.

Foto destaque: Gilvan Alves, o ex-mendigo (Foto: Reprodução Instagram)

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