Iniciativas no Recife uniram solidariedade e a tecnologia para mudar desperdício de alimentos que acontece no Brasil, onde cerca de 27 milhões de toneladas são desperdiçadas anualmente.
O Ceasa do Recife deu início a um projeto em busca de evitar este desperdício, utilizando alimentos que recebem de doação com pequenos defeitos e ainda bons para o consumo, para produzir sopas e distribuir em comunidades carentes.
“Atualmente, atendemos 50 comunidades. Ou seja, são 5 mil pessoas, e nós produzimos mil quilos de sopa diariamente com a ajuda dos comerciantes e a sobra desse material” ressaltou o presidente do Ceasa/PE., Bruno Rodrigues em entrevista a Tv Globo.
Este projeto ajuda não apenas no combate ao desperdício, como acaba com a fome de centenas de moradores do Recife. De acordo com a ONU, o Brasil desperdiça anualmente o equivalente há 27 milhões de toneladas de alimentos, sendo 80% desse desperdício ocasionado no processo de produção, transporte, manuseio e centrais de abastecimento.
Alimentos com pequenos defeitos que poderiam alimentar familias carentes são descartados (Foto:Reprodução/Consultora de alimentos/Mayara Vale)
Produtos com pequenas avarias são descartados e jogados no lixo mesmo em bom estado de consumo, pois não serão comprados.
Outra inovação foi feita com o intuito de ajudar no combate a fome, a empreendedora social Úrsula Corona criou o aplicativo Fome de Tudo, que já distribuiu 80 toneladas de alimentos desde seu lançamento, em fevereiro deste ano. O mesmo conecta empresas do ramo alimenticio com instituições sociais que estão cadastradas no app, intermediando assim a doação de alimentos em bom estado que seriam descartado, para uma instituição.
Projetos como o de Úrsula e o de Bruno vem sendo de extrema importante em um país onde a falta de alimento atinge os mais vulneráveis. Com o Brasil voltando ao mapa da fome das Nações Unidas, tendo a média da fome crônica atingindo 4,1% em levantamento, se tornando mais grave do que a média global.
O mapa da fome não era divulgado desde 2015 pela FAO e entre os principais motivos estão, além da crise sanitária causada pela Covid-19, são os problemas econômicos, as mudanças climáticas e conflitos como a Guerra na Ucrânia. A projeção da ONU é de que, em 2023, em média 8% da população mundial ainda passará fome.
(Contém informações do site G1)
Foto Destaque: Alimentos jogados no lixo / Reprodução: Wikipédia