Cada vez mais a situação no Oriente Médio aponta para que uma possível guerra ocorra entre Israel e os países árabes. Após o conflito entre israelenses e o grupo terrorista palestino Hamas estourar, outro importante agente se manifestou: o Hezbollah, que ameaçou invadir o país israelita.
Assim como o Hamas, o Hezbollah também é um grupo extremista, mas é apoiado pelo Irã e tem sua sede no Líbano. Ciente da situação, o presidente de Israel, Isaac Herzog, se encontrou com presidente da França, Emmanuel Macron, nesta terça-feira (24), e afirmou que, se a guerra realmente eclodir, o Líbano vai “pagar o preço”.
Tensão entre libaneses e israelenses
No encontro com o presidente francês, Herzog fez questão de enfatizar que está disposto a concentrar seus esforços para derrotar a organização terrorista e que civis libaneses podem sofrer as consequências:
“Deve ficar claro que o Líbano pagará o preço. Não estamos à procura de outro confronto na nossa fronteira norte ou com qualquer outra pessoa, mas o grupo está ‘brincando com fogo’”, afirmou o presidente israelense.
Na segunda-feira (23), o ministro da Informação libanês, Ziad Makari, disse que, apesar de “não querer guerra com Israel”, as ameaças estão se tornando cada vez mais frequentes.
Vale ressaltar que essa não seria a primeira vez que Israel atacaria os civis de um rival durante uma guerra. Contra a própria Palestina, os israelenses praticam uma espécie de terrorismo de Estado e se utilizam de armas proibidas - como a acusação da Human Rights Watch de terem usado o fósforo branco, considerado uma arma incendiária ao abrigo do Protocolo III da Convenção sobre a Proibição do Uso de Certas Armas Convencionais, contra o Hamas no dia 12 de outubro -, além de negarem diversas acessibilidades de comida, água, transporte e documentação, medidas que transgridem vários Direitos Humanos.
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, devem visitar Israel nesta segunda-feira (23) e se encontrar com as autoridades israelenses. Um desejo de ambos é respeitar as leis de guerra. #CNNNovoDia pic.twitter.com/rFwlczW8zH
— CNN Brasil (@CNNBrasil) October 23, 2023
Macron quer evitar potencial aumento do conflito entre Israel e países árabes. (Reprodução/X: @CNNBrasil)
Ameaça assusta Macron
Depois de sair da reunião com Isaac Herzog, Macron pareceu ficar assustado com as ameaças. Preocupado com o potencial aumento do conflito, o presidente declarou que a França “passou mensagens” desaprovando a vontade de “grupos potencialmente interessados em aderirem ao conflito”, alertando-os a não fazer isso.
O Conselho de Segurança da ONU ainda não definiu uma resolução adequada para solucionar o conflito entre Israel e Palestina. No último dia 18, os EUA (membro fixo do Conselho) foi o único país a vetar a proposta feita pelo Brasil. Uma proposta russa também foi recusada. Enquanto há essa indefinição, o confronto continua e milhares de pessoas continuam morrendo.
Foto destaque: Emmanuel Macron posando com Isaac Herzog. (Reprodução/X: @Isaac_Herzog)