Apesar do apoio massivo do eleitorado feminino, o comitê de campanha da candidata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, do Partido Democrata, sabe que pode não ser o suficiente para se eleger no pleito de novembro.
Por isso, recentemente, ela e seu partido não estão medindo esforços para conquistar os votos do eleitorado masculino, principalmente de homens brancos. A escolha de Tim Walz, governador do estado de Minnesota, um homem branco, foi criteriosamente pensada pela equipe de sua chapa.
Impulsionamento da campanha
Faltando pouco menos de dois meses para as eleições, a campanha democrata está mirando cada vez mais os homens, buscando os indecisos, já que o candidato republicano Donald Trump tem investido milhões de sua chapa em propagandas em diversos esportes populares, como o beisebol e o basquete.
Escolha de Tim Walz
O processo para a escolha do vice na chapa democrata passou por esse crivo e o governador de Minnesota, Tim Walz, foi escolhido para representar e tentar conquistar esses votos de homens brancos, justamente por ele ser um deles.
Apesar de os dois não discutirem questões de gênero e de natureza histórica, Walz e Harris reconhecem que conquistar esses votos de homens brancos pode garantir a vitória nas eleições de novembro.
Segundo um assessor do partido democrata em anonimato à CNN, afirmou que agora o objetivo nesta reta final de campanha é conquistar o que ele chamou de “homens alcançáveis”.
A candidata Kamala Harris e seu vice Tim Walz (Foto: reprodução:/KAMIL KRZACZYNSKI/AFP/Getty Images Embed)
Estratégias dos candidatos
Enquanto Kamala Harris busca aumentar sua influência e conseguir votos de homens brancos, que em sua maioria apoiam Trump, o candidato republicano tem tentado aumentar sua base entre jovens latinos e negros, que tendem a apoiar a democrata.
Ajuda de Tim Walz
O apoio de Tim Walz nessa reta final da corrida à Casa Branca será fundamental, justamente para ele alcançar os votos de homens brancos mais velhos.
Por ter sido professor em sua juventude, Tim Walz tem usado a didática para conseguir atrair o eleitorado masculino. Na questão sobre o aborto, ele usa seus exemplos pessoais de pai e marido para convencer aqueles que são contra ou que não têm opinião definida.
Durante um comício em Wisconsin, ele pediu para que os apoiadores vão de porta em porta convencer os vizinhos a apoiarem a candidatura da chapa.
Apesar de não terem o apoio declarado neste ano da Irmandade Internacional dos Teamsters, um sindicato de trabalhadores importante, Walz tenta entre a classe angariar votos para Kamala.
A Irmandade Internacional declarou nesta quarta-feira (18) que não apoiará nenhum dos candidatos. Na eleição de 2020, o apoio deles a Joe Biden foi decisivo para o democrata ser eleito e derrotar Trump.
Mesmo tendo a maioria dos votos femininos, isso pode não ser o suficiente para Kamala ser eleita em novembro, pois analistas acreditam que Trump tem mais poder para manter e aumentar sua influência sobre o eleitorado masculino.
Foto Destaque: Kamala Harris, candidata à presidência dos Estados Unidos (Reprodução/Kevin Dietsc/Getty Images Embed)
