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Eduardo Bolsonaro compara "professor doutrinador" a traficantes em manifestação pró-armas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, participou de manifestação pró-armas, na qual criticou o Ministério da Justiça, a Venezuela e professores - comparando-os a traficantes - e comentou a CPI de atos antidemocráticos

10 Jul 2023 - 11h28 | Atualizado em 10 Jul 2023 - 11h28
Eduardo Bolsonaro compara 'professor doutrinador' a traficantes em manifestação pró-armas Lorena Bueri

Neste último domingo (9), ocorreu uma manifestação pró-armas na Esplanada dos Ministérios, o "Encontro Nacional pela Liberdade", como chamou o grupo armamentista. Os manifestantes, acompanhados por policiais militares do Distrito Federal, defendiam novas mudanças na legislação relacionadas ao porte e posse de armas ou, a volta ao que era antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Um dos primeiros atos do presidente empossado, como prometido, foi revogar muitas das medidas tomadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dentre as quais estava a política de armas - alterada por Bolsonaro, conforme também prometido à “Bancada da Bala” e seus apoiadores durante sua campanha em 2018.

As novas medidas de Lula envolveram a suspensão de novos registros tanto de clubes de tiro como de colecionadores, atiradores e caçadores, o  conhecido CACs - grupo criado pelo governo Bolsonaro. Agora, para que a população civil possa adquirir armamento é necessário que se volte a apresentar um "comprovante da efetiva necessidade" - dispensado anteriormente, quando apenas uma simples declaração bastava. Assim como também o número de armas a que o cidadão possa adquirir passou de seis para três, fatos que desagradaram o grupo armamentista.


Faixa de manifestação pró-armamentista realizada no último domingo (09). (Foto: reprodução/Instituto Pró-armas Brasil)


Na manifestação deste domingo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, subiu em um carro de som que estava em frente ao Congresso e discursou em defesa das reivindicações do grupo armamentista (ao qual faz parte), segundo Eduardo: “o acesso à legítima defesa”. O deputado também fez críticas ao Ministério da Justiça, à Venezuela - afirmando, sem provas, ser o país mais violento do mundo e que o Brasil segue no mesmo caminho -, e criticou professores, chamando-os de doutrinadores, responsáveis por encaminhar “nossos filhos” ao mundo do crime, como os traficantes de drogas, por “sequestrarem” seus pensamentos.

— Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior — afirmou. (O Globo)

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro também afirmou que os atos criminosos de 8 de janeiro estão diretamente vinculados ao movimento que defendia: o movimento pró-armas.

— Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas tentando vincular o [movimento] pró-armas ao 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Que vocês estão fazendo um excelente trabalho. (O Globo)

Marcos Pollon  (PL-MS), fundador do movimento, também participou do Encontro Nacional pela Liberdade em Brasília, assim como os deputados Sargento Gonçalves (PL-RN) e Sargento Fahur (PSD-PR). A manifestação deste domingo foi a primeira edição promovida pelo grupo pró-armas no governo Lula.

 

Foto Destaque: Eduardo Bolsonaro em manifestação pró-armas. Reprodução/Instagram/@bolsonarosp

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